Há cinco dias, uma família de São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, faz buscas para encontrar Sheila Cristina Guimarães Viana, de 37 anos. Ela desapareceu na última quinta-feira, dia 24, quando saiu de casa, por volta das 15h, para fazer a unha com uma manicure perto de casa, no bairro de Porto Novo. Cerca de uma hora e meia depois, ela deixou a moradia da profissional para retornar a sua residência, localizada a duas ruas acima. No entanto, ela não retornou, o que deixou a família desesperada.
Sheila tem um grau alto de dislexia, o que a faz ter um um nível de deficiência intelectual. Segundo a irmã dela, Cristiane Guimarães Viana, de 40 anos, o telefone da desaparecida esta desligado e a última vez que ela entrou no WhatsApp foi às 16h08 do dia 24. Além de levar o celular para manicure, a mulher tinha um carregador, a carteira de identidade, o CPF e as chaves de casa em uma bolsa marrom.
Ela vestia short jeans claro, camiseta preta com top estampado por baixo e sandália salmão. À família, a manicure disse que levaria Sheila para casa, mas ela recebeu uma ligação e avisou que o “seu namorado iria buscá-la”.
— Ela fazia a unha toda semana com essa menina. A Sheila é muito vaidosa. Mas essa semana, a manicure não atendeu no salão e pediu para Sheila ir na casa dela, que é aqui próxima da nossa. Ela buscou a Sheila e disse que tudo terminaria em 1h30. A manicure nos disse que falou que deixaria a Sheila em um bar aqui próximo, mas ela recebeu uma ligação. Nisso, ela disse que não precisava porque o namorado a buscaria. Não sabemos que suposto namorado é esse, porque nunca ouvimos falar — conta Cristiane.
A irmã explica que, por ter dislexia, Sheila age como se fosse uma adolescente de 14 anos e não tem “muito discernimento”. No entanto, a família nunca ouviu falar desse suposto namorado. Nem mesmo os amigos sabem de quem se trata, já que ela nunca citou que estava em contato com um homem.
— Ela sempre teve vontade de namorar, casar, essas coisas. Mas ela é uma criança, a tratamos assim, e não entendi isso, que tudo é diferente para ela. Eu peguei o tablet dela em casa, entrei em redes sociais, nos chats de mensagens, falei com os amigos e ninguém sabe dela e desse suposto namorado. E não temos pista nenhuma até a agora — diz a irmã.
Procura por hospitais e IML
A família esperou até virar a 0h de quinta para sexta-feira e fazer uma ocorrência na 73ªDP (Neves) para registrar o desaparecimento. Antes de realiza o boletim, eles percorreram os hospitais e o Instituto Médico Legal (IML) para ver se Sheila estava em algum dos locais. Eles foram orientados a esperar até a manhã do dia 25 e realizar o RO na Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo (DHNSG).
Cristiane já procurou por câmeras de seguranças em locais próximos de onde Sheila desapareceu, mas as que conseguiu assistir não tinham imagens da irmã. Mas a DHNSG entregou um ofício para que a família consiga acessar outras câmeras em casas que não haviam permitido antes.
— Eu assisti câmeras perto e não consegui ver nada. Agora, com ofício liberado pela investigadora da DH, eu posso pedir as imagens das casas que nao quiseram mostrar. Estamos desesperados. A Sheila morava com os meus pais, que são hipertensos, minha mãe está em tratamento de um câncer de mama. Está muito difícil, preciso de ajuda para achá-la — diz Cristiane, antes de citar as características da irmã mais nova.
— A Sheila é muito carinhosa, muito amorosa. Ela é muito dada, fala com todo mundo e não vê maldade em nada. Ela fugiu de casa uma outra vez, em 2015. Saiu de casa pelas 17h, mas às 7h do dia seguinte já fomos buscá-la. Estava na casa de uma amiga e a mãe dela nos avisou. Agora, ninguém sabe mesmo.
Quem tiver informações sobre o paradeiro de Sheila pode ligar para o (21) 98934.5900. A outra opção é ligar para o Dique Denúncia, no número (21) 2253-1177. O anonimato é garantido.