Covid-19: população entre 40 e 59 anos responde por 45% das internações no Rio

Público é o que mais ocupa os leitos de hospitais e será vacinado na próxima semana, apontada como decisiva pela Secretaria municipal de Saúde do Rio

    O secretário municipal da Saúde, Daniel Soranz, afirmou que a próxima semana do calendário de vacinação é considerada decisiva para o combate à pandemia de covid-19 no Rio de Janeiro. Ele explicou que a faixa etária de 40 até 59 anos é responsável por 45% das internações que acontecem nos hospitais cariocas neste momento. A avaliação foi feita nesta sexta-feira (2), durante a apresentação do 26° Boletim Epidemiológico da cidade.

A partir da segunda-feira (5), o calendário prevê a vacinação de pessoas de 42 anos e completa toda a população de 40 anos ou mais no sábado (10). O secretário de Saúde do Rio recomendou que os cariocas se imunizem no dia previsto e disse que o número de internações pode cair caso a proteção seja feita.

“Vamos vacinar hoje o grupo que mais ocupa os hospitais, então o grupo de 40 a 59 anos é responsável por 45% da internação no Rio de Janeiro. Imunizar o grupo acima de 40 anos é fundamental e vai ser o próximo passo para reduzir ainda mais o número de pessoas internadas. Essa próxima semana é decisiva para a campanha contra a covid-19. Pedimos e reforçamos que as pessoas elegíveis se protejam logo e não esperem a repescagem”, afirmou Soranz.

Para fins de comparação, o percentual da faixa etária de todas as pessoas até 39 anos é de 19% nas internações, e o da população vacinada de 60 até 69 anos é de 12%. A cidade do Rio está neste momento com 726 pessoas internadas pela covid-19, de acordo com o levantamento da Secretaria de Saúde.

A vacinação já alcançou 58,6% da população maior de idade para a primeira dose no Rio. Soranz explicou que com a aceleração da campanha foi possível estabelecer novas metas e a expectativa em julho é imunizar 70% da população.

O secretário destacou que até o momento foi registrado uma redução de 44% de óbitos e de 27,5% dos pacientes internados por covid-19. A taxa de ocupação dos leitos operacionais na cidade é de 77%, o número já chegou a alcançar 96% em março e 93% durante o final de maio. Nas últimas 24 horas, o Rio registrou 115 mortes e 775 casos confirmados pela doença.

“A gente esperava ter um inverno muito duro, com muitos óbitos e internações, com quatro vezes mais do que estamos vendo. Os efeitos da vacina são claros e a gente começa a ver uma redução muito expressiva dos números de caso mesmo estando no período mais perigoso para a gripe e em um período de maior sazonalidade”, afirmou Soranz.

O secretário municipal de Saúde alertou que o risco de contaminação por covid-19 na cidade continua alto e fez um apelo para que a população continue mantendo todas as medidas de distanciamento social e proteção à vida. Das 33 regiões administrativas da capital, apenas cinco possuem risco moderado de contágio e as restantes se mantiveram com classificação de alta circulação do vírus.

“Ainda temos um nível de transmissão muito alto na idade. As vacinas estão funcionando, mas este é o momento de usarmos máscara, de segurar, evitar se aglomerar e ter qualquer tipo de exposição desnecessária pois ainda vemos muitos casos de covid-19 circulando”, explicou Soranz.

No total, aproximadamente quatro milhões de vacinas foram aplicadas. Estão com o esquema de imunização completo 1,02 milhão de pessoas, incluindo as 47 mil que receberam dose única.

Registro de 85 menores de idade foi equívoco

Daniel Soranz esclareceu que o registro de 85 menores de idade vacinados foi um equívoco na digitação das pessoas vacinadas, e que a Secretaria de Saúde do Rio está realizando uma verificação para corrigir as datas.

O município vacinou, segundo Soranz, seis menores de idade. Três eram atletas e a imunização foi feita por um pedido do Ministério da Saúde, e as outras três foram grávidas com comorbidades que apresentaram recomendação médica específica e a imunização foi aprovada pelo comitê científico da prefeitura. Contudo, Soranz explicou que são casos excepcionais. “Com indicação médica explícita, grávidas podem se vacinar, mas são indicações muito pontuais e os médicos devem se atentar a isso”, explicou o secretário.

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