Comitê recomenda que SMS analise exigência de vacinação em hotéis

O Comitê Especial de Enfrentamento à Covid-19 (Ceec), que assessora a Secretaria municipal de Saúde (SMS), recomendou à pasta que avalie a possibilidade de exigir o Certificado de Vacinação em meios de hospedagem da cidade, com a comprovação da aplicação das duas doses ou da dose única no caso da vacina da Janssen. Segundo os especialistas que formam o comitê, a medida seria uma maneira de aumentar a segurança dos eventos de fim de ano.
O grupo, que se reuniu nesta segunda-feira, no Centro de Operações Rio, descartou a necessidade de alteração das medidas restritivas e considerou que, caso o cenário epidemiológico atual permaneça estável, os eventos de Réveillon devem ser mantidos na cidade:
“Todos os indicadores avaliados sistematicamente pelo Ceec mostram que há estabilidade no cenário epidemiológico, não havendo indicação de alteração nas medidas restritivas. Caso o cenário epidemiológico se mantenha, as celebrações de final de ano no município devem ser mantidas”, diz a ata produzida após a reunião do Ceec.

Diante do surgimento da variante Ômicron, o comitê recomendou que fosse ampliada a campanha de vacinação para atingir o público-alvo que ainda não se vacinou. De acordo com os especialistas, ainda não há informações disponíveis para uma avaliação da agressividade da nova cepa do coronavírus.
“Quanto à variante Omicron detectada e divulgada pela África do Sul, e analisando os dados de cobertura vacinal global, pode-se afirmar que ainda não há dados suficientes para avaliar sua transmissibilidade e virulência, e que a maioria dos casos reportados foram casos leves, não vacinados ou vacinados somente com D1. O Ceec ressalta que, diante das evidências até aqui divulgadas, recomenda ampliar a vacinação contra Covid no sentido de completar a vacinação para todo público-alvo”, diz o documento.
Segundo o comitê, a campanha de vacinação deve orientar o público-alvo que ainda não completou o esquema vacinal a se imunizar simultaneamente contra a covid-19 e o vírus influenza. A ata da reunião informa ainda que, dos 11 mil pacientes sintomáticos que deram entrada nas unidades de saúde do Rio nos últimos 15 dias, nenhum caso positivo para covid-19 foi identificado. Do total analisado, 55% foram casos de influenza AH3.
“É cada vez mais rara a ocorrência de casos e de óbitos por Covid. Reforçar que todos os casos
estão sendo sistematicamente rastreados e seus contactantes testados pela atenção primária”, diz outro trecho da ata.

Além dos especialistas em saúde que assessoram a prefeitura, a reunião contou com a presença do secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, do superintendente de vigilância em saúde, Márcio Garcia, e do Presidente do Instituto Municipal de Vigilância Sanitária, Vigilância de Zoonoses e de Inspeção Agropecuária (Ivisa/Rio). A próxima reunião do comitê será no dia 20 de dezembro.

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