Dever e felicidade

O trabalho oferece diversas oportunidades de aprendizagens e crescimento pessoal. Tanto se aprende novos conhecimentos e competências, como também obriga ao polimento das relações humanas e da etiqueta social. Mas, nem sempre o ofício é revestido apenas de tarefas fáceis e prazerosas. Não raro, o dever nos chama e há a necessidade do cumprimento e da realização. Quem lida com o trabalho mexe com a obrigação. De maneira paradoxal, o modo como se encara o dever influencia na aceleração da aprendizagem e na lição. E, de forma derradeira, com a própria conquista da felicidade na existência. Os alunos que encaram o exercício com rebeldia costumam se atrasar no ensinamento. Há perda de tempos e recursos, com sobra de remorsos para aqueles que tinham potencial, mas pouco fizeram. Por outro lado, os que se adiantam nas lições e nas obrigações, conquistam a condição da satisfação interna e resultados externos que testemunham o progresso. É estar em dia com a consciência e com a paz interior. De atender sua missão de vida. O êxito profissional só se conquista pela senda do dever. Assim, a obrigação que, se bem entendida, transforma-se em etapa para a perfeição. Portanto, antes de reclamar da atribuição, agradeça pelas oportunidades que a vida oferece para o seu desenvolvimento e perfectibilidade. Memoráveis são as vitórias que vem por meio de obstáculos hercúleos. Apenas nos alcances mais impressionantes vem a atitude de aplaudir com satisfação.
Paulo Hayashi Jr – Doutor em administração pela UFRGS. Professor e pesquisador da Unicamp. 

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