Sala de Leitura Maria Carolina de Jesus é inaugurada no Fórum de Mesquita

Em homenagem à autora Maria Carolina de Jesus, uma sala de leitura que leva o nome dela foi inaugurada no Fórum de Mesquita. Fruto de uma parceria entre a prefeitura e o Núcleo de Atendimento de Medidas (NAM), um dos principais objetivos dessa iniciativa é incentivar a leitura em espaços encarados como burocráticos. O local funciona de segunda a sexta, de 11h às 16h30, e o endereço é Rua Paraná 1, no Centro.

Para o espaço, a prefeitura cedeu equipamentos como o computador disponível no local. Além disso, a antiga parceria com a UNIG também servirá como apoio. “Existe um interesse, sendo que existem muitas pessoas que passam por aqui, mas nunca tiveram escolaridade e acesso à leitura. Então, nós vamos aproveitar essa parceria com professores de Pedagogia e de Letras, que serão os mediadores desse espaço”, esclareceu a Juíza do Fórum de Mesquita, Cristiana Cordeiro.

Atualmente, o Fórum de Mesquita conta com outros espaços culturais em parceria com a prefeitura, como é o caso da sala do projeto Xadrez Para Todos. A sala de leitura Maria Carolina de Jesus é, agora, mais um deles. A iniciativa, na verdade, foi pensada ainda em 2019, mas teve que ser paralisada devido à pandemia. “Nossa missão, enquanto universidade, é formar para transformar. Então, essa parceria vem com esse intuito. Ainda mais em um fórum como este, que trata os seus visitantes além dos números”, disse a professora de Pedagogia da universidade parceira, Edith Magalhães.

A sala de leitura possui computador para o acesso dos visitantes, CD’s e livros diversos. Além disso, espaços foram decorados para que os usuários aproveitem, lá mesmo, a sua leitura. O local é aberto a todos os públicos de segunda a sexta, de 11h às 16h30, no Fórum de Mesquita.

Carolina Maria de Jesus

O nome da sala de leitura carrega, também, o seu grau de importância para o projeto. Carolina Maria de Jesus nasceu em 1914 e foi uma mulher negra, catadora de papel e advinda da favela. Mesmo com todos os contratempos, aprendeu a ler, escrever e se tornou um grande símbolo da literatura brasileira.

“Quando comparamos o trabalho do NAM e a história dessa mulher, que passou por tantos percalços, soubemos que faria sentido. Principalmente porque conhecemos os moradores e sabemos que existem diversas Carolinas em Mesquita, que estão na Coreia, na Chatuba, no Sebinho, no Centro e no Alto Uruguai, que podem encontrar nos livros um instrumento de transformação social”, explicou a coordenadora do NAM, Rosana Santiago. Assim como a juíza, ela acredita que o espaço auxiliará o prédio a deixar de ser um local direcionado apenas ao sofrimento, mas também de acolhimento.

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