Banda Dembaia traz “Desepertáculo Minha Avó Sempre Me Disse” em Nova Iguaçu

 A peça, que reúne poesia, teatro, música, dança, entra em cena sábado (3) – História, educação, musicalidade, poesia, dança, pertencimento, respeito e amor se misturam e entram em cena através do espetáculo “Minha avó sempre me disse”, protagonizado por Ana Magalhães, Beà Ayòóla, Bina Chaves, Dai Ramos e Tati Villela, que estreia neste sábado (3), às 19h, no Teatro SESC Nova Iguaçu, no palco, as atrizes fazem uma travessia cultural para contar histórias de suas referências de terras ancestrais, pautadas sob tecnologias e memórias de suas avós.   

A peça aborda e ressignifica as travessias transatlânticas de mulheres pretas que vieram antes. O trabalho destaca ainda a importância da valorização dos antepassados e das histórias ancestrais para ressignificar o presente. “A peça é uma montagem que combina poesia-teatro-música-dança-ritual, contemplando os elementos da natureza e a ancestralidade, ao som dos instrumentos tradicionais do oeste africano, da diáspora e da contemporaneidade eletrônica”, ressaltou a percussionista Ana Magalhães, uma das integrantes do grupo. 

O projeto, iniciado em 2019 após trabalho investigativo do grupo Dembaia, é baseado na filosofia do povo Akan (habitante da antiga Costa do Ouro, o atual Gana), onde se utiliza a simbologia poética de um dos Adinkras (conjunto de ideogramas), o Sankofa: um pássaro que volta a cabeça à cauda, significando que “nunca é tarde para voltar e apanhar aquilo que ficou atrás”.

Com a potência dessas cinco mulheres mulheres ocupando o centro da cena, a performance do Despertáculo aborda o universo de memórias afetivas das integrantes, onde o contato com as lembranças sobre suas avós possibilitou uma releitura sobre essas relações matri focalizadas,  as quais,  resgatam ainda, sensorialidades afetivas sobre suas ancestrais. Em lembrança de Aruanda, por exemplo, são demonstradas conversas, cantos de jongo ou capoeira ou blues ou jazz ou o som dos Tambores da África do oeste, as histórias dessas mulheres. Já os provérbios africanos trazem à tona os “ditados populares”, culturalmente contados por avós.

Sob uma narrativa que perpassa o tempo e se confunde com o cotidiano das protagonistas, a peça interliga a África ao Brasil com ritmos tradicionais do oeste africano. “No palco nós reunimos memórias e vivências das mulheres que constituem as histórias das integrantes do grupo, além de valorizarmos e celebrarmos os saberes ancestrais através de uma narrativa híbrida e performática”, reforça Ana. 

E prosseguiu dizendo: “A expectativa é levarmos para o público um espetáculo com uma musicalidade única, reverenciando as histórias e vivências de mulheres pretas. Com essa circulação, queremos dialogar com um público específico, que se identifique com a narrativa que exalta a corporeidade periférica e celebra os saberes ancestrais”. 

Ficha Técnica:

Dramaturgia: Dembaia

Elenco: Ana Magalhães, Beà Ayòóla, Bina Chaves, Dai Ramos, Tati Villela

Provocadoras Cênicas: Bina Chaves e Tati Villela

Supervisão de Movimento: Nyandra Fernandes

Cenografia e Figurino: Rona Neves

Produção: Timoneira Produções Artísticas

Coordenação de Produção: Ana Beatriz Silva

Produção Executiva: Mariana Campos

Iluminação e Operação de luz: Zindi Gonzaga

Técnica de Som: Raquel Lázaro

Assessoria de imprensa: Laís Monteiro | Monteiro Assessoria

Designer: Ana Magalhães

Apoio: Terreiro Contemporâneo e Confraria do Impossível

SERVIÇO 

Local: Sesc Nova Iguaçu

Endereço: Rua Dom Adriano Hipólito, 10 – Moquetá, Nova Iguaçu

Data: Sábado (3), às 19h

Classificação: Livre

Ingressos:  R$ 10 inteira, R$ 5 meia

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