Alunos de Comendador Soares seguem prejudicados pela má conservação de escola

Em Janeiro, chuvas danificaram telhas de escola. Prédio continua sem obras Foto: Davi Boechat/Jornal de Hoje

Em Janeiro, chuvas danificaram telhas de escola. Prédio continua sem obras
Foto: Davi Boechat/Jornal de Hoje

No dia 14 de março, o Jornal de Hoje publicou a matéria sob o título ‘Falta de estrutura prejudica alunos em Comendador Soares’. A reportagem, feita com base na denúncia de pais de alunos, mostrava o drama enfrentado por alunos da Escola Municipal Armando Pires, que estão tendo apenas duas horas diárias de aula. A diminuição da carga horária acontece devido à falta de salas. Cinco delas ficam no terceiro e último andar, que ficou sem condições de uso após um acidente ocasionado por um temporal. Em janeiro, as telhas da escola foram parcialmente destruídas, problema reincidente no prédio. Em março de 2012, o telhado da escola também foi danificado por fortes chuvas, e o conserto delas, de acordo com um Boletim de Ocorrência da Defesa Civil, obtido pela reportagem do Jornal de Hoje.
Centenas de crianças do bairro de Comendador Soares, em Nova Iguaçu, estudam na Escola, que oferece o ensino fundamental e está há décadas na região. O prédio problemático hoje funciona a instituição de ensino foi construído nos anos 1970, para então abrigar uma escola particular. De acordo com um funcionário que preferiu não se identificar, o espaço, além de enfrentar problemas estruturais, não comporta a quantidade de alunos; segundo informações foram 1.500 no ano passado.
Para contornar a falta de salas, a escola passou a adotar um sistema de rodízio. No início do ano letivo, as turmas dividiam os espaços por dia; enquanto uma turma tinha aula, os alunos de outra ficavam em casa. O formato se mostrou ineficaz, sendo substituído por outro em fevereiro, quando as turmas passaram a estudar em meio turno. No turno da manhã, a divisão ficou de 7h às 8h50 e de 9h às 11h, o que perfaz uma carga horária diária de apenas duas horas.

Pais de alunos estão insatisfeitos

Paulo Sérgio Moises e a filha Débora Regina Foto: Davi Boechat/Jornal de Hoje

Paulo Sérgio Moises e a filha Débora Regina
Foto: Davi Boechat/Jornal de Hoje

Edu Miranda, 57 anos, pai de uma aluna do 5º ano (antiga 4ª série), acredita que o tempo perdido não vai ser recuperado: “Acho Isso uma falta de consideração. Os alunos estão desde o início do ano letivo sem aula. Uma situação como essa não pode continuar e esperar até o meio do ano é muita coisa. Essa providência deveria ser tomada mais rapidamente. Mais um ano está sendo perdido”, desabafou o marceneiro.
Débora Regina, aluna do terceiro ano, não está feliz com o tempo livre na manhã. “Eu acho uma coisa muito feia (se referindo a demora para a realização das obras). Eles tinham que consertar isso. Preferia que eles fizessem a obra no carnaval, já que ninguém estava tendo aula. Ele são uns irresponsáveis”, comentou a aluna.

 

Por: Davi Boechat (davi.boechat@jornalhoje.inf.br)

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