Começa a valer nesta quinta a suspensão de venda de 43 planos de saúde
Começa a valer nesta quinta-feira (26) a suspensão da comercialização de 43 planos de saúde de 16 operadoras, determinada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) em razão do não cumprimento dos prazos máximos de atendimento e outras queixas de natureza assistencial, como negativas indevidas de cobertura.
A suspensão é resultado do 15º ciclo do Programa de Monitoramento da Garantia de Atendimento, que avalia permanentemente as operadoras quanto às reclamações relativas à cobertura assistencial. A divulgação dos dados apurados é feita pela ANS a cada três meses. Neste ciclo, mais de 610,8 mil beneficiários são diretamente protegidos.
A Unimed-Rio é a operadora com o maior número de planos com a comercialização suspensa neste ciclo. A coorperativa está impedida de receber novos beneficiários em 15 modalidades oferecidas na sua carteira, o que representa cerca de 35% do total de planos com a venda suspensa pela reguladora.
De acordo com a ANS, a medida é uma forma de induzir as operadoras a uma mudança de comportamento, provocando melhorias na assistência prestada aos beneficiários. Além de interromper a venda, as operadoras que negaram indevidamente cobertura podem receber multas que variam de R$ 80 mil a R$ 100 mil. O programa foi criado pela agência para avaliar as operadoras quanto às reclamações relativas à cobertura assistencial.
Caixa continua no topo do ranking de reclamações do Banco Central
A Caixa Econômica Federal continua no topo do ranking de reclamações sobre instituições financeiras divulgado nesta segunda-feira pelo Banco Central. O índice, divulgado mensalmente, mostra o banco, que tem 77.780.161 clientes cadastrados, com 863 queixas consideradas procedentes, mantendo a posição de setembro, quando foram registradas 842 queixas procedentes, num universo de 77.368.274 clientes. O banco estatal teve índice de reclamações subindo a 11,09 ante 10,88 em setembro. O indicador leva em consideração queixas consideradas procedentes em relação ao número de clientes, multiplicado por 1 milhão.
Assim como em setembro, o tema mais reclamado na Caixa em outubro envolveu cartões de crédito, com 355 queixas de clientes, seguido por serviços (106) e insatisfação dos clientes sobre resposta do banco a reclamações junto ao BC (59).
O segundo lugar voltou a ser ocupado pelo Bradesco, que teve 705 reclamações julgadas procedentes, com índice de queixas de 9,19 ante 9,28 em setembro. No caso do Bradesco, das 705 reclamações em outubro, 177 envolveram cobrança irregular de tarifa por serviços não contratados.
O Itaú Unibanco manteve a terceira posição, com 426 reclamações, seguido do HSBC Brasil, que está sendo comprado pelo Bradesco, e subiu da quinta para a quarta posição no ranking de reclamações. O Santanter Brasil encerra a lista dos cinco mais reclamados, caindo uma posição antes de setembro. Em seguida, vêm Banco do Brasil, Banrisul, Mercantil do Brasil e Votorantim.
O levantamento feito pelo BC mostrou que entre as principais queixas feitas pelos correntistas em outubro estão ainda débitos em conta de depósito não autorizado pelo cliente; descumprimento de prazo de resposta da reclamação registrada no BC; cobrança irregular de tarifa de serviço prioritário referente a cartão de crédito; oferta ou prestação de informação a respeito de produtos e serviços de forma inadequada; e restrição à realização de portabilidade de operações de crédito consignado relativas a pessoas naturais.