STJD julgou e puniu 13 de 19 casos sobre atos discriminatórios em 2022

Rodrigo Ricardo – EBC – O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) divulgou um relatório sobre o combate ao preconceito ao longo de 2022. Dos 19 casos denunciados ao STDJ ao longo da última temporada, 13 deles resultaram em punição após julgamento. De acordo com a entidade, a soma das penas aplicadas chega a R$ 335 mil em multas e o total de cinco partidas e 370 dias de suspensão aos clubes e infratores. 

Das 19 denúncias feitas ao STDJ, seis foram de injúria racial, 11 de cânticos homofóbicos e dois de cunho sexista. 

No ano passado, o número de casos de injúria racial, especificamente, dobrou em relação ao ano anterior. O aumento na incidência desse tipo específico de ato discriminatório não surpreendeu Marcelo Carvalho, diretor do Observatório da Discriminação Racial no Futebol (ODRF) 

“Foi o ano que o futebol voltou do período de pandemia, sem torcedores nos estádios, e o futebol volta mais violento, com mais casos de discursos de ódio dentro e fora das quatro linhas”, explicou Carvalho em entrevista ao programa Stadium da TV Brasil. 

https://platform.twitter.com/embed/Tweet.html?creatorScreenName=agenciabrasil&dnt=false&embedId=twitter-widget-0&features=eyJ0ZndfdGltZWxpbmVfbGlzdCI6eyJidWNrZXQiOlsibGlua3RyLmVlIiwidHIuZWUiLCJ0ZXJyYS5jb20uYnIiLCJ3d3cubGlua3RyLmVlIiwid3d3LnRyLmVlIiwid3d3LnRlcnJhLmNvbS5iciJdLCJ2ZXJzaW9uIjpudWxsfSwidGZ3X2ZvbGxvd2VyX2NvdW50X3N1bnNldCI6eyJidWNrZXQiOnRydWUsInZlcnNpb24iOm51bGx9LCJ0ZndfaG9yaXpvbl90aW1lbGluZV8xMjAzNCI6eyJidWNrZXQiOiJ0cmVhdG1lbnQiLCJ2ZXJzaW9uIjpudWxsfSwidGZ3X3R3ZWV0X2VkaXRfYmFja2VuZCI6eyJidWNrZXQiOiJvbiIsInZlcnNpb24iOm51bGx9LCJ0ZndfcmVmc3JjX3Nlc3Npb24iOnsiYnVja2V0Ijoib24iLCJ2ZXJzaW9uIjpudWxsfSwidGZ3X3Nob3dfYnVzaW5lc3NfdmVyaWZpZWRfYmFkZ2UiOnsiYnVja2V0Ijoib24iLCJ2ZXJzaW9uIjpudWxsfSwidGZ3X2NoaW5fcGlsbHNfMTQ3NDEiOnsiYnVja2V0IjoiY29sb3JfaWNvbnMiLCJ2ZXJzaW9uIjpudWxsfSwidGZ3X3R3ZWV0X3Jlc3VsdF9taWdyYXRpb25fMTM5NzkiOnsiYnVja2V0IjoidHdlZXRfcmVzdWx0IiwidmVyc2lvbiI6bnVsbH0sInRmd19taXhlZF9tZWRpYV8xNTg5NyI6eyJidWNrZXQiOiJ0cmVhdG1lbnQiLCJ2ZXJzaW9uIjpudWxsfSwidGZ3X3NlbnNpdGl2ZV9tZWRpYV9pbnRlcnN0aXRpYWxfMTM5NjMiOnsiYnVja2V0IjoiaW50ZXJzdGl0aWFsIiwidmVyc2lvbiI6bnVsbH0sInRmd19leHBlcmltZW50c19jb29raWVfZXhwaXJhdGlvbiI6eyJidWNrZXQiOjEyMDk2MDAsInZlcnNpb24iOm51bGx9LCJ0ZndfZHVwbGljYXRlX3NjcmliZXNfdG9fc2V0dGluZ3MiOnsiYnVja2V0Ijoib24iLCJ2ZXJzaW9uIjpudWxsfSwidGZ3X3ZpZGVvX2hsc19keW5hbWljX21hbmlmZXN0c18xNTA4MiI6eyJidWNrZXQiOiJ0cnVlX2JpdHJhdGUiLCJ2ZXJzaW9uIjpudWxsfSwidGZ3X3Nob3dfYmx1ZV92ZXJpZmllZF9iYWRnZSI6eyJidWNrZXQiOiJvbiIsInZlcnNpb24iOm51bGx9LCJ0ZndfbGVnYWN5X3RpbWVsaW5lX3N1bnNldCI6eyJidWNrZXQiOnRydWUsInZlcnNpb24iOm51bGx9LCJ0Zndfc2hvd19nb3ZfdmVyaWZpZWRfYmFkZ2UiOnsiYnVja2V0Ijoib24iLCJ2ZXJzaW9uIjpudWxsfSwidGZ3X3Nob3dfYnVzaW5lc3NfYWZmaWxpYXRlX2JhZGdlIjp7ImJ1Y2tldCI6Im9uIiwidmVyc2lvbiI6bnVsbH0sInRmd190d2VldF9lZGl0X2Zyb250ZW5kIjp7ImJ1Y2tldCI6Im9uIiwidmVyc2lvbiI6bnVsbH19&frame=false&hideCard=false&hideThread=false&id=1615311773522960385&lang=pt&origin=https%3A%2F%2Fagenciabrasil.ebc.com.br%2Fesportes%2Fnoticia%2F2023-01%2Fstjd-julgou-e-puniu-13-de-19-casos-sobre-atos-discriminatorios-em-2022&sessionId=ac627029d8ddf063e62588d0b6e39782f417e436&siteScreenName=agenciabrasil&theme=light&widgetsVersion=2b959255e8896%3A1673658205745&width=550px

A estatística do STJD tem como base os casos denunciados nas partidas de todas as competições organizadas pela CBF e que envolvam ato discriminatório, desdenhoso ou ultrajante, relacionado a preconceito em razão de origem étnica, raça, sexo, cor, idade, condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência.

“Isso é inadmissível. Precisamos cada vez mais trabalharmos em conjunto com todas as organizações para que o racismo não entre dentro do futebol. O racismo não pode existir em lugar algum da sociedade, mas no esporte que é um instrumento de socialização, jamais. Estamos agora crendo que com a mudança da lei assinada pelo presidente da República [Luiz Inácio Lula da Silva], que equipara racismo à injúria racial, com um olhar mais atento do STJD e com trabalho que começou em 2022 na CBF, creio que temos tudo para avançar no combate ao racismo”, acredita o diretor do ODRF.

error: Conteúdo protegido !!