HB20S terá identidade distinta do hatch

Fotos: Márcio Maio/Carta Z Notícias

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Nem a Hyundai esperava se dar tão bem no Brasil. A marca sulcoreana vem ganhando gradativamente participação no mercado e, no mês passado, chegou a ficar em quarto lugar, ao ultrapassar a Ford. E a boa fase da fabricante tem tudo para melhorar. Nas últimas semanas, ela iniciou a renovação da linha HB20. Primeiro com o hatch, e seguida com a aventureira “X” e agora, partir deste final de semana, com o sedã HB20S. Uma evolução estética que, aparentemente, nem era tão necessária. Afinal, o modelo mantém a boa média mensal de 4.500 emplacamentos em 2015, atrás apenas do Chevrolet Prisma e do Fiat Siena entre os compactos. Mas é um belo reforço para assegurar os atuais 8,2% de participação no país – quando a linha foi lançada, em 2012, o share de mercado era de apenas 3%.
As principais alterações estéticas do HB20S ficam por conta da nova grade hexagonal dianteira com bordas e aletas cromadas, que segue a identidade visual adotada nos demais veículos da marca. As rodas agora são sempre aro 15 e, nas configurações Comfort Style e Premium, de topo, há faróis de neblina com projetores e lanternas redesenhadas. A mais cara recebe ainda faróis com projetores, luzes diurnas em leds e frisos laterais cromados nos vidros que chegam à coluna traseira. O para-choque traseiro, assim como o dianteiro, tornou-se mais robusto. De perfil, chamam atenção as novas rodas de 15 polegadas – nas configurações com pneus de aro 14, não houve mudanças.
Na motorização 1.6, o sedã conta agora com transmissão de seis velocidades, tanto manual quanto manual ou automática – antes eram cinco e quatro, respectivamente. Nos dois casos, a sexta marcha funciona como overdrive para baixar o consumo. Com o novo escalonamento, a velocidade máxima do HB20S 1.6 subiu de 189 para 190 km/h, com a aceleração de zero a 100 km/h mantida em 9,3 segundos na versão mecânica. Na automática, a máxima chega a 191 km/h, mas o zero a 100 km/h fica em 10,6 s. No propulsor em si, houve pequenas evoluções. O material das velas de ignição mudou de níquel para irídio, pistões e anéis de vedação foram retrabalhados para reduzir o atrito interno e o motor 1.6 ganhou ainda sistema de partida a frio, que elimina a necessidade do tanque adicional de gasolina. De acordo com a Hyundai, a aerodinâmica foi beneficiada pelos novos defletores no para-choque dianteiro e no assoalho traseiro.
Por dentro, a intenção foi claramente acrescentar refinamento ao modelo, principalmente na versão mais cara. Todos os revestimentos de bancos foram trocados. Os de couro, opcionais disponíveis para a versão Premium, saem em cor cinza claro – assim como o painel das portas dianteiras e a manopla de câmbio. É nesta variante de topo que também está a lista mais farta de itens de série. Há ar-condicionado digital e retrovisores com rebatimento automático. Além disso, o painel é mesclado em preto e cinza. Outra novidade na top são os airbags laterais. O computador de bordo ganhou uma função nova: a de aviso de manutenção programada, que emite um alerta visual quando faltam 30 dias ou 1.500 km para a próxima revisão. Já o sistema de som BlueAudio é de série em todos os modelos, com tela LCD de 3,8 polegadas com comandos no volante e Bluetooth. A configuração Premium pode ser equipada com central multimídia com tela sensível ao toque de sete polegadas e compatível com o Car Link, que espelha smartphones Samsung e LG – com sistema Android –, e em breve funcionará também com o Apple CarPlay, para utilizar com iPhone através de um cabo USB.
Os preços do HB20S começam em R$ 46.225 na versão Comfort Plus 1.0 – já com ar, direção, vidros, travas e retrovisores elétricos, som com Bluetooth e sistema Isofix para fixação de cadeirinhas infantis. E pode chegar a R$ 66.365 com motor 1.6 e câmbio automático, na versão Premium com todos os opcionais disponíveis. Não é pouco, mas o preço salgado sempre acompanhou o modelo. E o fato de suas vendas atravessarem incólumes a crise indica a estratégia não está errada.

 

por Márcio Maio
Auto Press

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