Saúde e Beleza – 10/12/15

Programa bate recordes de doação e transplantes

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Faltando pouco menos de um mês para o fim do ano, o Programa Estadual de Transplantes (PET) já bateu três recordes. Nesta semana, foi alcançada a marca de 279 doadores de órgãos e realizados até o momento 400 transplantes de córnea, número que representa um aumento de mais de 40% em relação a 2014 e a diminuição da fila de espera para dois anos. Além disso, de 1º de janeiro a 3 de dezembro deste ano, foram feitos 670 transplantes de órgãos, entre rim, fígado e coração.

“É um orgulho fazer parte de um programa consolidado, que por cinco anos seguidos tem superado os recordes do Estado do Rio e segue fazendo história, com um modelo de gestão que já é reconhecido internacionalmente” afirmou Rodrigo Sarlo, coordenador do PET.
Criado em abril de 2010, o programa já salvou 6,4 mil vidas e acumula outros recordes, como o crescimento de 143,12% nas doações de órgãos registradas no estado (919) entre 2010 e 2014 em comparação com as captações realizadas no período de 2005 a 2009, quando foram realizadas 378 doações.

Comissões intra-hospitalares

Em outubro, o PET conquistou um prêmio da Sociedade Internacional de Transplantes em Seul, na Coreia do Sul, pelo trabalho científico do Congresso Mundial de Doação de Órgãos, que documentou o Projeto de Implantação de Coordenadores de Transplantes nas unidades estaduais.

O reconhecimento internacional se deu pela atuação das Comissões Intra-hospitalares de Doação de Órgãos e Tecidos (CIHDOTTs) em quatro hospitais da rede estadual de Saúde, que resultou em um aumento de quase 400% no número de doadores, comparando os anos de 2011 e 2014.

O projeto se baseia no modelo espanhol de doação de órgãos e funciona nos hospitais estaduais de emergência e trauma Alberto Torres, em São Gonçalo; Albert Schweitzer, em Realengo; Getúlio Vargas, na Penha; e Adão Pereiro Nunes, em Saracuruna.
Governo do Rio investe em ações
Ao lado da dedicação das equipes que trabalham no Programa estadual de Transplantes, uma série de ações adotadas pela Secretaria de Saúde nos últimos anos vem fortalecendo o crescimento no número de captações e transplantes efetivados. Foram concluídas parcerias para a criação de dois bancos de olhos e a rede estadual ganhou o Centro Estadual de Transplantes e o Hospital Estadual da Criança, responsável por realizar procedimentos infantis. Além disso, o Estado habilitou o Hospital de Traumatologia e Ortopedia Dona Lindu, para transplantes de tecido músculo esquelético.

A Saúde conta com cinco Organizações de Procura de Órgãos (OPOs) no estado, sendo duas localizadas na capital, uma em Itaperuna, uma em Petrópolis e uma em Barra Mansa. Elas foram criadas com o intuito de descentralizar e aperfeiçoar o processo de doação de órgãos e tecidos, consolidando o trabalho do PET. Elas atuam em conjunto com as equipes já existentes, como o grupo de Terapia Intensiva e a Coordenação Familiar.
Campanha Doe + Vida
Lançada em abril, a campanha incentiva a sociedade a discutir o tema doação de órgãos, e conta com o site www.doemaisvida.com.br e aplicativo para celular, que permitem compartilhar a decisão com amigos e familiares nas redes sociais. A legislação brasileira determina que somente familiares diretos possam autorizar a doação de órgãos de pacientes com morte encefálica. Não existe nenhum documento que possa ser deixado, em vida, para garantir a doação.

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