
Foto: Ralff Santos
Em Duque de Caxias, a secretaria munucipal está desenvolvendo o “Projeto LATIN” (Latin America Telemedicine Infarct Network), que por meio de dispositivos de telemedicina, conecta rapidamente unidades de tratamento básico e ambulâncias (SAMU) a uma rede de centros de treinamento para melhorar o acesso e diminuindo o tempo no tratamento do infarto agudo do miocárdio (IAM). Esse programa tem como objetivo reduzir a mortalidade cardíaca.
O projeto é coordenado pela subsecretaria municipal de Regulação, através do Departamento Municipal de Monitoramento e Regulação, em parceria com o Hospital do Coração de Caxias (HSCOR), Hospital Santa Marcelina (SP) e a Central de Telemedicina de Uberlândia (MG). Melhora no tempo de resposta dos serviços de emergência e redução na mortalidade dos pacientes com infarto estão entre os benefícios do LATIN. Iniciado em novembro, conta com equipamentos eletrocardiógrafos em cinco unidades no município: UPA Parque Beira Mar e nas Unidades Pré-Hospitalares do Pilar, Saracuruna, Equitativa e Imbariê. E o melhor, a custo zero para os cofres da Prefeitura de Duque de Caxias. O projeto atende em média 15 pacientes mês com IAM.
“É um superprojeto, uma conquista enorme para Duque de Caxias, por causa do pioneirismo do sistema. A parceria com o HSCOR é fundamental para o funcionamento do projeto já que se trata de um hospital referência na cardiologia”, disse a coordenadora municipal do Departamento de Monitoramento e Regulação de Caxias, Patrícia Mello. Os pacientes contam ainda com acompanhamento pela unidade no período de três anos.
Todos os profissionais que atuam com o LATIN passam por treinamento avançado e constante que inclui, o corpo médico formado por socorristas de emergência e outros profissionais, que transmite o resultado de um eletrocardiograma (ECG), bem como de outros dados médicos, por exemplo, a um cardiologista remoto que pode fornecer um diagnóstico mais preciso e em tempo real. Além disso, o médico pode recomendar um tratamento pré-hospitalar em 10 minutos, antes mesmo de o paciente chegar ao pronto-socorro.
Redução na mortalidade
O projeto LATIN tem demonstrado ser uma alternativa efetiva para reduzir a mortalidade e baixar os custos em decorrência de ataques cardíacos. Recentemente, diante da atuação do HSCOR em parceria com o município no diagnóstico e tratamento das doenças cardiovasculares, com mais de 15 mil procedimentos realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), à direção do Departamento Municipal de Monitoramento e Regulação, juntamente com o subsecretário municipal de Regulação, Leonardo de Deus, foram então procurados para integrar ao projeto LATIN de tratamento de Infarto Agudo do Miocárdio com supra de ST.
“Além do pioneirismo, a busca incessante da medicina é pela diminuição da mortalidade. Ao atuarmos com o Latin em Caxias, trazemos este pioneirismo para uma área de poucos recursos, criando uma melhor visibilidade e atração para Duque de Caxias, oferendo a população o que há de mais moderno, combinando o trabalho social com o cientifico. Sabemos que ter um atendimento mais efetivo e com uma avaliação mais minuciosa, certamente, pode ajudar a salvar vidas, e é isto que o LATIN permite. Além do controle da mortalidade através do infarto, conseguiremos ter uma eficácia maior do projeto com o número de atendimentos mensurando em números percentuais as principais demandas por atendimentos”, finalizou o diretor geral do HSCOR, Dr. Luiz Paulo Rebello Alves.
Todo o registro de produção cientifica e dos dados de atendimentos são armazenados, ficando à disposição, podendo inclusive melhorar a quantidade estatística e dos dados referentes às taxas de atendimento e mortalidade do Infarto Agudo do Miocárdio em Duque de Caxias.