Polícia Civil e Gaeco/MPRJ realizam operação contra lavagem de dinheiro da milícia

Grupo criminoso teria movimentado R$ 135 milhões em sete anos – A Delegacia de Combate às Organizações Criminosas e à Lavagem de Dinheiro (DCOC-LD) e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público (Gaeco/MPRJ) realizam, nesta quarta-feira (28/02), a “Operação Cosa Nostra Fraterna”, com o objetivo de desmantelar uma rede envolvida com atividades milicianas e de lavagem de dinheiro. Os agentes estão nas ruas, nos bairros da Barra da Tijuca, Recreio dos Bandeirantes, Campo Grande e Santa Cruz, além do município de Seropédica, para cumprir mandados de busca e apreensão em 21 endereços, ligados a nove pessoas físicas e sete jurídicas que são alvos da investigação.

– Estamos asfixiando financeiramente essas organizações criminosas. O trabalho que já era realizado pela Polícia Civil está recebendo apoio do Cifra. O comitê reúne representantes do Estado e do Governo Federal. As investigações são agilizadas agora, graças à comunicação facilitada – declarou o governador Cláudio Castro.

Esta é a primeira grande operação realizada no Rio de Janeiro com apoio do Comitê de Inteligência Financeira e Recuperação de Ativos (Cifra). Esta força-tarefa – que conta com agentes da Polícia Civil e representantes de outros órgãos e instituições estaduais e federais – atua no combate a crimes financeiros e lavagem de dinheiro, asfixiando o tráfico e as milícias no Rio de Janeiro.

Policiais civis da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) também participam da operação. Os mandados incluem ainda a interdição de empresas suspeitas de envolvimento com a milícia e o bloqueio de bens móveis e imóveis. A investigação estima que a organização miliciana, que explora territórios na Zona Oeste da capital, tenha movimentado cerca de R$ 135 milhões no período de 2017 a 2023.

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