Avaliação do Renault Megane E-Tech 2023

Por Marcus Lauria (texto e fotos)

“Não parece, mas é” essa foi a resposta que tive que dar para a maioria dos amigos e pessoas que me perguntavam a marca do carro que estava testando. “Sim, acredite, é um Renault e ainda é 100% elétrico”, quando complementava com essa informação, a pessoa ficava mais “Cabrera” das ideias. Depois de tirar as dúvidas e explicar tudo, todos se convenciam e elogiavam o novo Megane E-Tech. Todos acharam muito bonito e quem teve a oportunidade de entrar ficou impressionado com o ótimo acabamento e conforto dos bancos, além do grande porta-malas e a tecnologia oferecida pelo fabricante.

Realmente o novo Renault Megane E-Tech chama a atenção por onde passa, além de ser uma novidade, pois ainda existem poucos exemplares rodando pelas ruas do Brasil. O Megane chega para fazer parceria junto com o Kwid E-Tech, primeiro modelo 100% elétrico da marca vendido no Brasil. O corssover é vendido por aqui desde setembro do ano passado pelo preço de R$ 279.900, o mesmo anunciado há quatro meses atrás na época de seu lançamento.

Após essa breve apresentação, vamos aos fatos que interessam, o que o modelo oferece de tão bom para conquistar o público que vem crescendo a cada dia, de consumidores de carros 100% elétricos. Marcas como BYD, Volvo e GWM estão nessa disputa acirrada, mesmo com o aumento dos impostos válida desde o dia 1º de janeiro e que já impactou diretamente os preços de alguns concorrentes.

O Megane E-Tech se beneficia de uma plataforma inédita voltada a veículos elétricos, a CMF-EV. Com isso a marca avança no seu plano de eletrificação, atuando em um segmento inédito em sua história no Brasil. Segundo a marca francesa: “o perfil desse cliente se define nos chamados early adopters, que buscam alta tecnologia e o que há de mais moderno em design, além de sofisticação e soluções inovadoras para os desafios de uma mobilidade sustentável”.

O Megane E-Tech já tem mais de 60 mil veículso emplacados na Europa e o mercado brasileiro BEV vem registrando crescimento contínuo. Na comparação do primeiro semestre de 2023 com o mesmo período de 2021, o peso desse segmento já é quatro vezes maior. No Brasil, a Renault comercializa veículos elétricos desde 2013 em projetos de mobilidade em parceria com empresas e, desde 2018, vendidos para o cliente final. O Megane E-Tech 100% elétrico é produzido na França, na fábrica de Douai, no coração do ElectriCity, o novo pólo industrial de referência para veículos elétricos na Europa.

O Megane E-Tech 100% elétrico introduz uma nova plataforma focada na motorização elétrica sendo pioneiro na linguagem de design “Sensual Tech”. Também, é o primeiro a apresentar o novo logo da marca, o “Nouvel’R” com um DNA elétrico. O design curvilíneo dos ombros da carroceria, os recortes nos para-lamas em torno dos faróis e o capô arqueado coexistem com linhas definidas, como a lâmina nos para-choques e as saídas de ar laterais no para-choque dianteiro (faróis Full-LED com detalhes em 3D na traseira, cluster digital de 12,3” integrado a um multimídia OpenR de 9”).

Com uma distância entre eixos de 2,68 m e um comprimento total de 4,20 m, o Megane E-Tech exibe proporções inéditas no segmento. Os designers criaram um hatch dinâmico com dimensões externas mais contidas. A bateria tem uma espessura recorde dentre os veículos da marca (apenas 110 mm), o que permitiu diminuir as proporções externas para definir novos limites na relação dimensões externas/espaço interno, reduzindo assim o centro de gravidade e proporcionando mais prazer e dinamismo ao dirigir. O Megane E-Tech exibe uma linha de teto mais baixa (1,52 m), mas com amplo espaço interno. Tanto para quem dirige como para quem anda de carona, o espaço interno é suficiente para carregar quatro adultos sem aperto, além de ter bancos macios e aconchegantes para todos a bordo.

Com visual moderno e atual, o Megane E-Tech se destaca pelas rodas diamantadas de 18” com um desenho bem futurista, proteções na parte inferior carroceria e nas caixas de roda, além de uma linha de cintura alta. Já a linha descendente do teto, as bitolas alargadas e as maçanetas das portas “fluidas” e integradas remetem ao mundo dos cupês. A altura contida, o espaço interno e o volume do porta-malas são uma referência ao mundo dos hatchbacks do segmento C.

Por dentro muitos materiais inéditos e reciclados foram combinados para oferecer um ambiente acolhedor. De acordo com a marca, o objetivo dos designers foi ir além dos materiais tradicionais, como o plástico, e além das cores tradicionais, como o preto. O painel de bordo é revestido de material têxtil. Já o contorno superior do painel de bordo e a moldura superior dos painéis das portas são ornados com um revestimento em Alcântara. O revestimento dos bancos mistura revestimento premium e material têxtil 100% reciclado. Os porta-objetos nos painéis das portas são forrados com carpete, proporcionando maior conforto visual e sonoro.

A localização da alavanca de marchas atrás da direção e a instalação do botão de controle do sistema Multi-sense no volante permitiram liberar ainda mais espaço entre os dois bancos dianteiros, o que possibilitou a instalação um porta-objetos aberto com uma capacidade inédita de sete litros, porém no dia a dia a alavanca de câmbio torna-se um problema até se acostumar com ela, como fica aproximo a alavanca do limpador do vidro dianteiro e traseiro, vira e mexe em vez de passar a marca aciona-se o limpador. Nele, é possível acomodar uma bolsa ou um objeto volumoso que precise estar facilmente acessível, podendo também receber acessórios para personalizar ainda mais o espaço. O porta-garrafas de dois litros e o porta-objetos com capacidade para três litros localizado abaixo do apoio de braço central pode deslizar por 55 cm, oferecendo mais conforto aos passageiros dianteiros.

O porta-malas tem capacidade de até 440 litros e é 100% aproveitável devido ao formato retangular da porta. Os cabos de recarga encontram um compartimento de 33 litros específico, com acesso a partir do forro do assoalho. Os bancos traseiros também podem ser rebatidos em 2/3 e 1/3, permitindo aumentar o volume de carga. Na frente, o apoio de braço central integra um porta-objetos com dois conectores USB Tipo C e uma tomada de 12 V. Na parte de trás do apoio de braço foram instalados dois outros conectores USB Tipo C (para recarregar smartphones, tablets ou consoles), dedicados aos passageiros da parte traseira.

Já a parte inferior da central multimídia conta com uma série de botões de controle do tipo “piano”, além de um espaço para acomodar um smartphone, que pode ser posicionado na horizontal, para ser recarregado por indução, ou na vertical, para melhor visualização da tela. O Megane E-Tech está disponível em três cores: cinza Rafale, cinza Schiste e azul Nocturne sempre associados a pintura bíton, com teto preto Étoilé.

Graças às tecnologias disruptivas e as baterias com maior capacidade, a plataforma CMF-EV permite aumentar a eficiência energética e a autonomia de um carro elétrico, reduzindo o tempo de recarga. A condução dinâmica e prazerosa é potencializada pelo chassi e o sistema de direção que foram retrabalhados, bem como o centro de gravidade mais baixo devido à instalação das baterias sob o assoalho.

Para a introdução no mercado latino-americano, a Renault realizou um aprimoramento na suspensão para tornar o veículo mais confortável ao dirigir, sem perder desempenho. Desta forma surgiu uma nova direção com assistência elétrica. Com isso, o motorista tem uma resposta rápida aos seus comandos ao volante, o que facilita as manobras. A bateria mais fina (110 mm de altura) localizada no assoalho permitiu reduzir o centro de gravidade, a suspensão multilink traseira com braços paralelos e um novo sistema de direção mais direto permitiram aumentar a agilidade nas manobras.

A posição de dirigir também contribui para as sensações de condução. Graças à típica posição de condução mais baixa dos hatches, o Megane E-Tech transmite da melhor forma o dinamismo do chassi e da motorização sem comprometer o conforto dos bancos dianteiros, que é reforçado pela espuma mais densa e uma melhor sustentação lateral. A inclinação do banco traseiro (27°) associada ao assoalho plano permite manter os pés em posição plana e mais confortável.

Uma das curiosidades desse modelo é que foi desenvolvida e patenteada pela equipe de engenharia da Renault, a inovadora “Cocoon Effect Technology” proporciona uma sensação de conforto acústico inédito durante a condução até mesmo para um veículo elétrico, que já é silencioso por natureza. Uma camada de espuma amortecedora específica foi instalada entre o assoalho do veículo e toda a superfície da bateria. Os benefícios são sentidos a partir dos 30 km/h, criando um efeito de casulo na cabina. A leveza é outra das vantagens desse efeito, pesando 3 kg a menos em comparação com um isolamento acústico tradicional. Esta solução é complementada por um isolamento duplo das portas, recurso normalmente reservado aos veículos do segmento premium.

Com o motor que oferece 220 cv de potência e 30,6 kgfm de torque, além dos quatro níveis de frenagem regenerativa, o Megane E-Tech traz muita diversão ao volante. O motor é totalmente novo e foi desenvolvido pela Aliança, sendo utilizado por seus diferentes parceiros e produzido em duas plantas: no Japão para a Nissan e em Cléon, na França, para a Renault. Conhecido mais especificamente como motor síncrono eletricamente excitado (EESM), ele tem sido usado consistentemente pelo Renault Group e pela Aliança nos últimos dez anos e continuará a servir a marca no futuro. Possui melhor potência em comparação com motores de ímã permanente e não requer metais de terras raras, reduzindo assim o impacto ambiental e o custo da produção em larga escala. Graças ao design otimizado, este motor é compacto, pesando apenas 145 quilos (incluindo a transmissão). Com esse propulsor o Megane E-Tech faz de 0 a 100 km/h em apenas 7,4 segundos.

Assim como o conjunto motriz, o modelo tem uma bateria totalmente nova de 60 kWh e 395 quilos, cujo projeto foi feito para se integrar perfeitamente à plataforma CMF-EV. A bateria fina contribui diretamente para limitar a altura do veículo a 1,52 m, beneficiando a aerodinâmica e a eficiência. O crossover tem uma autonomia de até 495 km no uso urbano e 463 km no rodoviário, segundo a norma SAE J1634, utilizada pelo Inmetro. No uso misto, a autonomia é de 481 km na SAE J1634 e 337 km no PBEV (Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular).  O valor do PBEV é calculado com uma redução de 30% na autonomia de uso misto da norma SAE J1634.

A bateria de 60 kWh é composta de 12 módulos de 24 células cada, distribuídos em duas camadas, com garantia de 8 anos ou 160.000 km. Durante este período, elas são substituídas gratuitamente caso sofram uma deterioração que resulte em um nível inferior a 70% de sua capacidade nominal. A bateria pode recuperar energia a cada frenagem. Mas para otimizar a autonomia independentemente do modo de condução, o Megane E-Tech é equipado com um sistema de frenagem regenerativa otimizada.

A frenagem regenerativa é ativada quando a alavanca de marchas está posicionada no modo D (Drive), permitindo recuperar a energia cinética da desaceleração (soltando o pé do acelerador) e transformando-a em energia elétrica, que é armazenada na bateria. Assim, é possível melhorar a eficiência e autonomia do veículo, utilizando menos o pedal do freio.

O Megane E-Tech 100% elétrico otimiza esta função oferecendo quatro níveis de frenagem regenerativa, que são selecionadas por meio dos paddle-shifters localizadas atrás do volante: do nível 0 (sem frenagem recuperativa) ao nível 3 (recuperação máxima e freio do motor otimizado, para uma condução bastante intuitiva na cidade, onde a maioria das situações de desaceleração acontece soltando o pedal do acelerador). A adaptação da frenagem é imediata, aumentando o prazer de dirigir.

A autonomia do Megane durante o uso foi aumentada tanto no verão como no inverno, em todas as condições de utilização, graças à alta eficiência energética do veículo. Isso foi possível graças às várias possibilidades de recarga disponíveis, mas também por uma gestão otimizada da recuperação da energia e das trocas térmicas, por meio de um novo sistema patenteado, dividido em componentes, como o sistema inteligente de gestão da energia perdida pelas baterias e o motor, que é reutilizada para aquecer a cabine. Isso foi possível graças à introdução de um sistema de resfriamento líquido para as baterias e o motor (óleo refrigerado a água).

O Megane é ainda mais eficiente com a otimização do peso (1.680 kg), principalmente devido ao uso de alumínio na plataforma, o material compósito da porta traseira e a bateria estrutural. A versatilidade do Megane E-Tech é potencializada pelas várias soluções de recarga, incluindo 130 kW em carregadores rápidos de rodovias e 22 kW em sistema trifásico, amplamente disponível nas cidades. Todas são otimizadas para uma eficiência máxima.

Assim, o Megane é compatível com as infraestruturas de recarga em corrente alternada (AC): Tomada doméstica de 10A/2,2 kW (mono e bifásico); Terminal doméstico de 32A/7,4 kW (mono e bifásico); Terminal doméstico ou público de 16A/11 kW (trifásico) e Terminal público de 32A/22 kW (trifásico). Ele também é compatível com as infraestruturas de recarga em corrente contínua (DC) de até 130 kW (sistema de recarga combinado). Por exemplo, para carregar dos 15% até 80% da carga da bateria em DC 130 kW são necessários apenas 36 minutos e em um Wallbox de 22 kW leva 1h50. O modelo traz de série o cabo Modo 3 para recarga em terminais públicos ou privados. Para uma recarga em domicílio em uma tomada tradicional, é oferecido como acessório o cabo flexicharger compatível com o modelo.

A nova tela de multimídia OpenR combina, de forma integrada, o cluster digital de 12,3”.  O display OpenR é recoberto por uma superfície de vidro reforçada que melhora a sofisticação e a robustez, tornando-a mais agradável ao toque e ao olhar. A luminescência e a taxa de reflexão da luz das telas foram otimizadas e, junto com o tratamento antirreflexos específico, permitem melhor visibilidade nos dias mais ensolarados. O display OpenR oferece uma superfície de visualização total inédita: 321 cm² para a tela de 12,3” o painel de instrumentos (1920 x 720 pixels no formato paisagem). A tela multimídia mede 9” (1250 x 834 pixels no formato paisagem).

A tela OpenR integra as melhores tecnologias de ponta, para uma experiência tanto fluida como imersiva. Ela integra a terceira geração da plataforma Snapdragon Automotive Cockpit da Qualcomm com processador octa-core, permitindo múltiplas visualizações, integração rápida com USB Tipo C e todas as tecnologias necessárias aos recursos de segurança embarcada e aos dispositivos avançados de assistência ao motorista. Esta plataforma foi dimensionada para ter maior durabilidade, mantendo-se compatível com as futuras atualizações do sistema.

A parte “painel de instrumentos” da tela OpenR oferece três visualizações diferentes para o motorista, conforme a situação: Visualização da Condução (painel de controle); Visualização Zen (minimalista) e Visualização da Bateria (status da carga da bateria). A visualização do painel é personalizável por meio de cinco widgets (consumo, pressão individual dos pneus, distância, monitoramento de eco-condução e música) e oito perfis de cores. O Welcome Sequence do Megane E-Tech 100% elétrico é inicializado quando o motorista se instala dentro da cabine. O display OpenR – que reúne os mostradores do painel de instrumentos e a tela central multimídia – se acende, exibindo o logo e o nome da marca. A iluminação ambiente dá destaque ao cockpit, enquanto os alto-falantes emitem um novo som exclusivo Renault, dando as boas-vindas a bordo.

A aproximação de uma pessoa com a chave-cartão é detectada automaticamente pelo Megane E-Tech a partir de 1 m de distância. O veículo aciona uma sequência de boas-vindas, com vários efeitos luminosos dos faróis, luzes da rodagem diurna e piscas que se acendem e apagam sucessivamente. Na traseira, a faixa luminosa, as lanternas e os piscas se acendem. Esta sequência de inicialização termina com o acendimento das duas lâmpadas integradas aos retrovisores laterais, projetando o novo logo Renault no solo e indicando o caminho para chegar até o veículo.

A iluminação dianteira e traseira é finamente esculpida e moderna. O veículo inaugura assinaturas luminosas inéditas com desenho “eletrizante”, que se estendem até o logo central, reforçando seu design dinâmico. Na frente, as luzes de rodagem diurna parecem escapar dos faróis, se estendendo até as saídas laterais do para-choque. Na traseira, vários filamentos micro-ópticos recortados a laser formam duas faixas, criando um efeito 3D difuso: as linhas entrecruzadas parecem estar vibrando, como se estivessem vivas. E para complementar os elegantes piscas dinâmicos, as luzes de freio assumem a forma de dois traços sobrepostos, remetendo a um símbolo de “pausa”.

Compostos de seis painéis refletores, os faróis são adaptativos em LED. A comutação automática de faróis altos para baixos amplia a iluminação na cidade para ver melhor em torno do veículo, permitindo ver mais longe na pista sem ofuscar a visão dos veículos que seguem à frente ou no sentido contrário. Esta iluminação também se adapta às condições climáticas (chuva, neblina), por meio de um botão no painel, cumprindo a função de faróis de neblina. A ausência de “verdadeiros” faróis de neblina ofereceu maior liberdade aos designers, que puderam criar uma frente mais elegante e moderna. Já os piscas dinâmicos complementam este conjunto de funções ultramoderno e estiloso.

A iluminação interna é 100% LED e baseada no ritmo circadiano, o ciclo biológico do corpo humano que se repete a cada 24 horas, para otimizar o bem-estar dos ocupantes. Ativada por meio das faixas luminosas do painel de bordo, a iluminação da cabine, dos painéis das portas e do suporte para smartphone é diferente durante o dia e à noite, mudando automaticamente de cor a cada 30 minutos. Esta experiência única é chamada de Living Lights. Com transições suaves entre as cores, efeitos dinâmicos e naturais e mudanças automáticas de cor, a iluminação ambiente é dinâmica. Durante o dia, as cores frias destacam o design interno e transmite uma sensação de alta tecnologia. À noite, o ambiente aconchegante das cores quentes faz com que condutor e passageiros mergulhem em uma aura relaxante, dando uma nova personalidade.

A iluminação interna pode ser personalizada por meio de ajustes no botão do sistema Multi-sense localizado no volante. Por exemplo, é possível ajustar a intensidade da iluminação e adaptar as cores internas ao seu humor ou suas preferências. Na tela OpenR, um cursor de ajuste manual permite escolher entre 48 cores diferentes para os painéis de portas e de instrumentos. As cores também mudam de acordo com o modo de condução selecionado. Tanto as regulagens do sistema Multi-sense de nova geração como o sistema multimídia OpenR permitem adaptar as sensações de condução e dentro da cabine à personalidade ou ao humor do motorista. O acesso é feito por meio da tela OpenR ou pelo novo botão dedicado, localizado no volante.

As regulagens oferecidas também têm um efeito tanto nas sensações de condução (assistência elétrica da direção, calibragem do motor e resposta do dinâmica do veículo) como no ambiente da cabine (iluminação interna, conforto térmico, visualização e cor do painel de instrumentos).  Estes parâmetros são memorizados no perfil do condutor disponibilizado na central de multimídia.

Três modos pré-programados (Eco, Confort e Sport) associam o melhor destas regulagens com o objetivo de melhorar a eficiência, adaptando-se às situações mais frequentes e potencializando as sensações dinâmicas. Um quarto modo (Perso) permite personalizar totalmente as regulagens. O motorista pode alterar de um modo para o outro a qualquer momento. Tudo mudou com o Megane E-Tech, inclusive o ambiente sonoro. Piscas, alerta de cintos de segurança desafivelados, bipes do sensor de ré, entre outros: todos estes sons de funcionamento do veículo, do sistema multimídia, bem como a eventual sequência de “Boas-vindas” do veículo dão modernidade e ritmo nos trajetos a bordo do carro.

O modelo tem um sistema de alerta sonoro externo, que avisa os pedestres sobre sua presença. Batizado de VSP (Vehicle Sound for Pedestrians ou sons de alerta para pedestres), o recurso é ativado quando o veículo está a uma velocidade entre 0 e 30 km/h, utilizado normalmente nos centros urbanos. Desenvolvido em parceria com o IRCAM (Instituto de Pesquisa e Coordenação de Acústica e Música, em Paris), o novo VSP do Megane é o menos intrusivo possível para quem está dentro da cabine, oferecendo mais discrição e conforto – atendendo a um desejo dos clientes –, além de ser mais eficiente do lado de fora.

O sistema alerta os pedestres sem causar medo, fazendo uma associação positiva entre o sinal de alerta e a marca Renault, tudo isso com a preocupação de melhorar o ambiente sonoro das cidades. O VSP do Megane E-Tech está disponível em 3 versões (Neutro, Puro, Expressivo), que poderão ser selecionadas conforme as necessidades e desejos do motorista. Neutro: o som se funde ao ambiente sonoro natural do veículo, tornando-se mais discreto na cabine; Puro: apresenta o som icônico da Renault, conferindo uma assinatura sonora tranquilizante; Expressivo: som dinâmico com uma “pegada elétrica”, tanto dentro como fora do veículo.

Os dispositivos avançados de assistência ao motorista do Megane E-Tech são divididos em três categorias: condução, estacionamento e segurança. Para reduzir os riscos de colisão, o Megane traz três equipamentos: o alerta de saída de faixa (LDW), o alerta de pontos cegos (BSW) e o assistente de manutenção de faixa (LKA). Este último está mais avançado, com seu novo recurso ELKA (assistente de manutenção de faixa de emergência).

O sistema associa os dados da câmera frontal e dos radares laterais, reposicionando o veículo automaticamente na faixa se for detectado um risco de colisão frontal ou lateral ao iniciar uma ultrapassagem, ou se o carro começar a sair da faixa. O assistente de manutenção de faixa de emergência funciona de 65 a 160 km/h (velocidade máxima do veículo limitada eletronicamente) para as ultrapassagens com risco de colisão lateral e risco de saída da faixa, e de 65 a 110 km/h para as ultrapassagens com risco de colisão frontal.

A frenagem automática de emergência em marcha a ré (Rear AEB) faz parte da frenagem automática de emergência associado ao alerta de tráfego cruzado traseiro, sendo ativada quando o condutor está dirigindo em marcha a ré. Se os sensores ultrassônicos traseiros detectarem um obstáculo em potencial (pedestre ou ciclista), o sistema emite um alerta visual e sonoro para o motorista. Se não houver nenhuma reação deste, o sistema aplica a frenagem de emergência por dois segundos para evitar uma colisão. Este sistema funciona em marcha a ré em velocidade de 3 a 10 km/h.

O dispositivo Occupant Safe Exit (OSE) emite um alerta quando um ocupante abre a porta para sair enquanto um ciclista, moto ou veículo esteja se aproximando, para evitar qualquer choque contra a porta do veículo. Este sistema de alerta visual e sonoro permite evitar os acidentes, cujo risco é ainda maior para os ciclistas na cidade. Na categoria Estacionamento, foi aprimorada a experiência com sensores de proximidade frontais e traseiros e a câmera, que associada ao Smart Rear View Mirror (retrovisor por meio de câmeras), complementando digitalmente o retrovisor interno tradicional. A câmera do Smart Rear View Mirror é posicionada no topo do vidro traseiro, proporciona uma visão completa e em tempo real da pista atrás do veículo, complementando os retrovisores externos. Isso traz maior conforto e tranquilidade durante as manobras.

Dentro da categoria condução, destaque para o piloto automático adaptativo com stop&go, que utiliza o radar e a câmera dianteira para assumir as funções de: manter a velocidade de cruzeiro desde que a distância de segurança selecionada seja respeitada (quatro intervalos que vão de 1,2 segundo a 2,4 segundos), frenagem para manter a distância de segurança, se necessário até a parada (trânsito parado). Além disso, permite arrancar e acelerar até atingir a velocidade de cruzeiro enquanto for respeitada a distância de segurança. Nos engarrafamentos de trânsito, arranca até 30 segundos após a parada.

*FICHA TÉCNICA:

Mecânica

Combustível             [ Elétrico        N/D

Potência (cv)            218

Torque (kgf.m)         30,6

Velocidade Máxima (km/h)           160

Tempo 0-100 (s)      7,4D

Câmbio          automática de 1 marchas

Tração           dianteira

Direção          elétrica

Suspensão dianteira          Suspensão tipo McPherson e dianteira com barra estabilizadora, roda tipo independente e molas helicoidal.

Suspensão traseira            Suspensão tipo multibraço, roda tipo independente e molas helicoidal.

Dimensões

Altura (mm)   1.505

Largura (mm)           1.860

Comprimento (mm)             4.199

Peso (Kg)      1.708

Tanque (L)    N/D

Entre-eixos (mm)     2.685

Porta-Malas (L)        440

Ocupantes    5

*Dados do fabricante

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