Temer admite vitória de Leonardo Picciani na liderança peemedebista

Picciani pode ser reeleito para que Temer consiga apoio em março como presidente do PMDB

Picciani pode ser reeleito para que Temer consiga apoio em março como presidente do PMDB

A falta de unanimidade e consenso em torno de deputados que possam suceder a Leonardo Picciani na liderança do PMDB na Câmara está fazendo com que até mesmo o presidente nacional do partido, o vice-presidente Michel Temer, comece a admitir que o parlamentar fluminense será reconduzido ao posto de líder.
A eleição para líder de bancada ocorre no início de fevereiro, quando o Congresso Nacional volta do recesso de fim de ano. Como Michel Temer está preocupado em reunificar o PMDB para se reeleger presidente da legenda em março, na convenção nacional da sigla, aliados do vice afirmam que ele deve interferir o mínimo possível na Câmara.
Interlocutores do PMDB dizem, ainda, que Temer precisa do apoio dos maiores diretórios estaduais, e o Rio de Janeiro de Leonardo Picciani é um deles. Por isso, o vice-presidente pode abrir mão de obter êxito com a condução do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara, para poder continuar no comando de seu partido.
No início de dezembro passado, Michel Temer articulou, junto com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a destituição de Picciani, que é hoje o principal aliado do governo na Casa e tentou formar a bancada da Comissão Especial do impeachment apenas com peemedebistas contrários ao impedimento da presidente Dilma.
Com o retorno de Picciani à liderança uma semana depois, caciques não demoraram a diagnosticar um incontornável desgaste de Temer na presidência do PMDB diante da desmoralização por não ter conseguido impor sua vontade como líder da legenda nem mesmo na Câmara dos Deputados.
Picciani, por sua vez, vem trabalhando mesmo no recesso parlamentar, por meio de encontros com virtuais concorrentes para que estes desistam da disputa à liderança. Já o Planalto, que torce pela recondução do deputado fluminense, age com cuidado para não despertar a ira de peemedebistas que querem bancar o processo de impeachment no Congresso.

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