Mentora da morte do namorado é presa novamente

Elen é acusada de planejar e facilitar a entrada dos criminosos

Elen é acusada de planejar e facilitar a entrada dos criminosos

A Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) conseguiu na tarde da última quinta-feira (21) a prisão preventiva de Elen Cristina Curi Ferreira, de 23 anos, e Luigi Sirino dos Santos, de 20 anos, pelo roubo seguido de morte do empresário Felipe Lavina, em 28 de outubro do ano passado. O depoimento de um familiar dos acusados confirmou o que a Polícia Civil já sabia: Elen Curi participou do planejamento do crime.

AS investigações apontam que a intenção dos criminosos era apenas levar o dinheiro que havia no cofre do empresário. “Elen acreditava que o namorado guardava R$ 300 mil em casa e não R$ 10 mil, como foi encontrado no dia do crime. Esse dinheiro ia ser dividido entre cinco pessoas: ela e mais quatro. Um dos envolvidos e autor dos disparos que matou o empresário, identificado como Marlon Paranhos da Silva, vulgo Sementinha,tinha uma dívida com o tráfico da Comunidade da Chatuba (Mesquita). Apesar de Elen negar, eles tinham uma relação de amizade”, contou o delegado titular da DHBF, Giniton Lages.

Felipe Lavina foi morto em outubro de 2015 com três tiros

Felipe Lavina foi morto em outubro de 2015 com três tiros

De acordo com o delegado, um parente de Sementinha confirmou, em depoimento, que Elen esteve dois dias antes do homicídio do namorado na casa do rapaz. “Os parentes afirmam ter visto Elen na casa do Sementinha planejando o crime, confirmando que eles mantinham essa relação de amizade. familiares também contaram que ela já tinha sido vista lá outras vezes”, declarou Lages. Ainda segundo o delegado, Elen continua negando todas as acusações.

Um dos inquéritos da DHBF apontam que Sementinha foi assassinado pelo tráfico da Chatuba poucos dias depois da morte do empresário. “Ele foi morto porque além de dever o chefe, o latrocínio contra o Felipe teria desagradado o tráfico”, informou Giniton. Sementinha foi fuzilado no dia 29 de outubro, junto com um outro participante do crime do empresário, que ainda não foi identificado. Sementinha teria atirado em Felipe após ser reconhecido pela vítima, já que sua avó morava próximo a casa do empresário.

Elen foi presa em um apartamento na Avenida Nossa Senhora de Copacabana, na Zona Sul do Rio. Já Luigi, que teve o papel de dirigir o carro durante o crime, foi preso em Miguel Couto, bairro de Nova Iguaçu. Segundo a Polícia Civil, nenhum dos dois resistiu a prisão.

Prisão temporária

Elen e Luigi já haviam sido detidos no dia 12 de novembro de 2015. Ela se beneficiou de um habeas corpus e foi libertada. Luigi foi liberado após a expedição do tempo da prisão temporária. Um menor, de 17 anos, mais um apontado como participante, também foi apreendido logo após a morte de Felipe Lavina. Ele denunciou os outros envolvidos e vai responder por ato infracional equiparado a crime de latrocínio (onde fica apreendido por até três anos e depois é liberado).

Elen e Luigi foram enquadrados no crime de latrocínio, o roubo seguido de morte. Na ocasião, foram levados R$ 10 mil que estavam na casa de Felipe, além de roupas e celulares. De acordo com a polícia, além de planejar o crime, Elen facilitou o acesso dos criminosos à residência. A pena para o crime pode chegar até 30 anos de prisão.

Em depoimento, na época, ela contou que foi vendada e agredida pelos autores do crime. Chegou a afirmar ter sido vítima de um sequestro no dia em que o namorado foi morto. A acusada também alegou que os suspeitos chegaram à casa do empresário chamando-o pelo nome. Em seguida, o casal teria sido colocado em um carro e levado para o bairro Caonze, em Nova Iguaçu. Elen declarou ter levado coronhadas, sendo então abandonada com o veículo.

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