O vigilante, Rogério Alves, não acreditou no custo de um caderno com dez matérias, que está com variação de R$10 entre os valores
No mês de janeiro, uma das contas anuais que comprometem o salário do trabalhador é a compra do material escolar. Esse ano, consumidores se assustaram com o aumento alarmante dos valores dos itens, como por exemplo, as mochilas que estão 30% mais caras. A diferença de preços entre lojas também é grande. A dica é pesquisar bastante.
O vigilante Rogério Alves, de 41 anos, foi um dos consumidores que fez pesquisa antes de comprar o material do filho. “O valor dos cadernos está variando muito, consegui achar o modelo que meu filho queria por um preço mais em conta”, relatou o vigilante. Nas papelarias do Calçadão de Nova Iguaçu, o modelo do caderno em questão, com dez matérias, varia entre R$21,90 e R$32,00.
“Levei um susto”, declarou o aposentado Carlos Rocha, de 68 anos, em relação ao preço das mochilas. “Queria presentar minha neta com uma mochila, de uma boneca que ela gosta, mas R$400,00 é muito dinheiro”, disse. Ainda segundo Carlos Rocha, esta quantia era referente somente à mochila com rodinhas, pois a lancheira do mesmo modelo formando o conjunto, custa em média R$60,00.
Em comparação ao ano anterior, uma parte da lista de material da filha, de seis anos, da diagramadora Tatiana Melo, de 33 anos, já teve um aumento de 57,1%. “No ano passado eu comprei todos os itens da lista com R$700,00. Esse ano eu já gastei R$1.100,00 só com os livros”, declarou. Ainda segundo ela, o estabelecimento que vendeu os livros facilitou a forma de pagamento. “É muito dinheiro que estamos gastando. A livraria fez um carnê e parcelou a compra dos livros, em até seis vezes. Agora falta comprar o restante da lista, que ainda inclui cerca de mais 20 itens, entre caderno, lápis de cor, cola, giz de ceras e borracha, entre outros”, disse Tatiana.
O que pode e o que não pode na lista
Produtos de uso comum são proibidos nas listas de material escolar. Entre eles, tubos grandes de cola escolar, resmas de papel A4, material de higiene pessoal e até remédios. Itens que não podem ser pedidos na matrícula: alcool hidrogenado, algodão, bolas de sopro, canetas para lousa, copos descartáveis, cordão, creme dental, disquetes, elastex, esponja para pratos, estêncil a álcool e óleo, tinta para impressora, fitas decorativas, fitilhos, giz branco e colorido, grampeador, grampos para grampeador, lenços descartáveis, medicamentos, papel higiênico, papel convite, papel ofício colorido, papel ofício (230 x 330), papel para impressoras, papel para copiadoras, papel de enrolar balas, pegador de roupas, plásticos para classificador, pratos descartáveis, sabonetes, talheres descartáveis, TNT (tecido não tecido) e tonner.
Denúncias de irregularidades devem ser feitas pelo telefone 151, pelo site do Procon-RJ na internet ou pelo aplicativo para celular Meu Procon-RJ.
Por: Gabriele Souza (Gabriele.souza@jornalhoje.inf.br)
