Sem o esperado título da Beija-Flor no Carnaval deste ano, a festa poderia ter acabado em tragédia em Nilópolis. Na última terça-feira (9), cerca de 500 pessoas vestidas de bate-bolas tentaram iniciar uma briga generalizada em diferentes pontos do município. O ato havia sido marcado há algumas semanas, pela internet, e só não aconteceu graças ao trabalho do 20º BPM (Mesquita). Participantes da confusão foram encaminhados para 57ª DP (Nilópolis), mas ninguém ficou preso.
De acordo com o comandante do batalhão, o tenente-coronel Roberto Dantas, o grupo em Nilópolis portava algumas armas brancas para a briga. “Apreendemos cabos de enxadas e bastões, e levamos algumas pessoas para a delegacia. Com a chegada da PM, muitos fugiram do local. Mas a briga, que foi combinada pela internet, não aconteceu, e o carnaval não foi atrapalhado”, disse Dantas. Na ocasião, os bate-bolas foram escoltados por equipes da PM até a saída da cidade, onde embarcaram em ônibus comuns.
Ainda segundo o tenente-coronel, o setor de inteligência do batalhão estava acompanhando os passos dos grupos de bate-bolas em redes sociais. Isso, somado ao bloqueio nas entradas de Nilópolis e ao monitoramento da cidade por câmeras de vigilância da prefeitura, ajudou a impedir a guerra entre os grupos. “O trabalho continuará também no sábado das campeãs. Não vamos abaixar a guarda”, garantiu o comandante.
Na sexta-feira passada, outro homem fantasiado de bate-bola foi preso por estar ilegalmente com um revólver, em Nilópolis. Já na madrugada de domingo, o paraquedista do Exército Magno Jorge Vieira da Silva, de 21 anos, morreu atingido por uma bala perdida. Ele tentava apartar briga entre grupos de bate-bolas, em Cascadura, no Rio, quando foi ferido.
