Suzuki SX4: mais econômico e sedutor

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Foto: Raphael Panaro/Carta Z Notícias

De hatch médio para crossover. Do motor 2.0 litros para 1.6 litro. Da tração integral para uma inteligente, que varia entre 4X2 ou 4X4. Essas são as principais mudanças da nova geração do Suzuki SX4, que agora acrescentou um S-Cross na nomenclatura. Como se pode perceber, a marca japonesa promoveu uma modificação geral no modelo que chega este mês às concessionárias brasileiras. A aposta, porém é diferente. A Suzuki não quer fazer barulho com o SX4 S-Cross. No máximo, botar uma pulguinha atrás da orelha dos potenciais compradores de utilitários compactos. A meta da fabricante nipônica é emplacar esporádicas 250 unidades por mês em 2015 – os concorrentes querem até a 5 mil carros/mês. Importado da Hungria, com visual que mistura hatch e utilitário, motorização menor, dimensões mais avantajadas e bastante tecnologia embarcada, o SX4 S-Cross quer apenas “comer” pelas beiradas.

Foto: Raphael Panaro/Carta Z Notícias

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O segmento pode até ter mudado, mas a “pegada” off-road ainda está presente no S-Cross. Um dos principais itens do modelo é o sistema de tração integral sob demanda chamado de All Grip. Ele consegue interpretar  o movimento do motorista ao volante combinado com o micro escorregamento dos pneus no solo e modula a distribuição de torque entre as rodas e o esforço do volante. Se necessário, a tecnologia ainda aplica frenagem de forma individual em qualquer uma das rodas para garantir aderência e tração. Ele ainda traz quatro diferentes modos. O “Auto” é o padrão e visa maior economia de combustível e automaticamente muda de 4X2 para 4X4, de acordo com as necessidades do terreno. Já o “Sport”, otimiza as trocas de marchas e as características de torque do motor, dando um aspecto mais esportivo ao carro – também transfere torque para o eixo traseiro. O “Snow/Mud” é para pisos de baixa aderência como neve, lama ou outras superfícies escorregadias. O “Lock” auxilia no extremo off-road quando o veículo está atolado na lama ao distruibuir o torque quase 50/50 entre o eixo dianteiro e traseiro.

150430 V10B A aparência externa é outra virtude do S-Cross. A frente traz faróis grandes com lentes translúcidas e grade frontal também avantajada, em formato de trapézio invertido, com o emblema ao centro. De lado é como se melhor percebe a altura do carro em relação ao solo. São quase 20 cm de distância, que parecem mais graças ao acabamento em preto fosco com uma parte prateada, que simula um estribo lateral. A traseira é simples e também protegida com revestimento de plástico, que a torna mais resistente a pequenos arranhões. O S-Cross ainda impressiona pelo seu baixo peso. São apenas 1.085 kg na versão de entrada e 1.190 kg na “top”, recheada de equipamentos. A razão é o uso ostensivo de diferentes tipos de aços de alta tensão na carroceria e, também, o motor menor.
Aí que entra o “pacato” 1.6 litro de 120 cv a 6 mil rpm e 15,5 kgfm de torque a 4.400 giros. Ele toma o lugar do 2.0 litros de 145 cv e 18,7 kgfm que estava sob o capô do SX4. Ele trabalha em conjunto com uma transmissão manual de cinco marchas ou câmbio CVT com sete relações pré-definidas e paddle-shifts atrás do volante. Apesar do “downsizing”, de acordo com a marca japonesa, o S-Cross cumpre o zero a 100 km/h em 11,7 segundos – 0,3 segundos a menos que o antecessor.
150430 V10AA missão de atingir a meta de vendas será das 54 concessionárias no Brasil e das quatro versões oferecidas do crossover por aqui. A “básica” é a GL 4X2, que sai por R$ 74.900. Traz câmbio manual de cinco marchas, sensores de estacionamento dianteiro e traseiro, airbags dianteiros, ar-condicionado, bancos com revestimento de tecido, rodas de 16 polegadas e rádio com Bluetooth. O preço sobe para R$ 88.900 na GLX 4X2, que começa a ficar interessante: adiciona botão de partida, transmissão CVT, ar-condicionado digital duas zonas, rodas de 17 polegadas controles eletrônicos de estabilidade e tração, além de assistente de rampas e seis airbags – dianteiros, laterais e de cortina. A versão GLX também pode ser encontrada com o tração 4X4, de R$ 95.900. Além da tecnologia, ela traz ainda bancos e portas revestidos em couro.
O S-Cross ultrapassa a barreira dos R$ 100 mil na versão topo de linha GLX 4X4. Ela custa exatos R$ 105.900 e é a única a vir equipada com faróis bixenônio, teto solar panorâmico com dupla abertura e um sistema multimídia com tela sensível ao toque de 8 polegadas. O dispositivo parece um tablet acoplado ao painel central do carro. Lá é possível descarregar aplicativos – Waze, Facebook, por exemplo – para a memória do modelo por meio de conexão Wi-Fi. Mas só para aparelhos com Android.
por Raphael Panaro
Auto Press

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