
Foto: Ivan Teixeira/Jornal de Hoje
Falta de comunicação, atrasos nas viagens e passageiros estressados. Esses são alguns transtornos enfrentados pelos usuários dos trens da SuperVia no ramal Belford Roxo, na Baixada Fluminense , nas últimas semanas. A falta de maquinistas é o motivo do problema, que desorganiza os horários das composições.
De acordo com passageiros, em diversos horários do dia os atrasos chegam a quase uma hora. A resposta dos funcionários da SuperVia sobre o fato, é a necessidade de esperar o trem chegar na estação para que outra composição possa sair, pois existe a falta de maquinistas. Entretanto esta informação não é divulgada para todos os usuários que aguardam embarque e durante o tempo de espera a maioria fica sem saber o que realmente está acontecendo e quanto tempo terá que esperar.
Os passageiros denunciam que quando a composição para na plataforma é possível ver o maquinista sair do trem recém chegado e assumir a direção de outro, que irá iniciar a próxima viagem. A doméstica, Maria de Fátima Rodrigues, de 50 anos, chegou à estação de trem na quarta-feira (9), às 9h da manhã, e esperava que o trem fosse sair às 9h20. Entretanto, ela não contava com o atraso, que fez a composição iniciar viajem quase às 10h. Ao perguntar sobre a demora de embarque para um segurança da SuperVia, ela recebeu como resposta apenas a frase: o trem está em atraso. “Soube por meio de uma pessoa qualquer, que não tem maquinista. Isso é um absurdo, pois, dependemos do transporte e a falta de informação atrapalha e muito”, desabafou Maria.
No último dia 5, a estudante Lorrane Telles, de 20 anos, queria ir para Madureira visitar sua vó, mas não conseguiu. O motivo foi o atraso de uma hora e quarenta minutos de saída de uma composição. De acordo com o relato da jovem, funcionários da SuperVia ainda “debocharam” do ocorrido, alegando que ela deveria optar pelo ônibus, já que o trem não tinha previsão de partida.
Outra reclamação dos usuários é sobre bilhete inválido. Na manhã de quinta-feira (10), o inspetor escolar, Alex Galvão, de 45 anos, ficou nervoso e revoltado. “Comprei um bilhete, que foi dado como inválido. Passei em todas as catracas, mas foi negado. O constrangimento é muito grande, pois passamos como ladrões ou algo parecido”, desabafou Alex.
Enquanto a equipe do Jornal de Hoje apurava as denúncias, dois agentes da SuperVia quiseram intimidar os repórteres, tentando expulsá-los do local. Agindo com ironia, a dupla informou que um “supervisor” viria conversar em particular. Entretanto, após 40 minutos de espera por parte da equipe, ninguém apareceu. A SuperVia foi contatada, mas não se manifestou sobre o caso até o fechamento dessa edição.