Dicas de Português – 17/03

Pronomes pessoais oblíquos tônicos

Você sabia que a palavra “comigo” é um pronome formado pela preposição com mais o pronome “mim”?
Escreve-se tudo junto: comigo.
Esse é um pronome oblíquo tônico, assim como contigo, consigo, conosco e convosco.
O comigo é o mais usado de todos eles, mas o conosco não fica muito atrás.
Só que, ao contrário de comigo, o pronome conosco deixa muita gente em dúvida na hora de falar e de escrever.
Afinal, deve-se usar sempre conosco ou também podemos falar e escrever com nós?
Diga ou escreva, por exemplo:
“Doutor almir jantou conosco”;
“Quero que você fique conosco”.
Entretanto, quando após o pronome houver pronomes como outros, mesmos, próprios, todos, numerais ou mesmo uma frase, devemos usar a expressão com nós:
“Doutor almir jantou com nós todos”;
“Quero que você fique com nós mesmos”;
“Ele quer se reunir com nós três”.
Pronomes pessoais de tratamento
Você já viu na tv alguma discussão entre deputados ou entre juízes num tribunal?
É um tal de vossa excelência para lá, vossa excelência para cá; vossa excelência fez isso, falou aquilo…proferidos às vezes antes de algum desaforo.
Vossa excelência é um pronome pessoal de tratamento usado quando nos dirigimos a altas autoridades, como deputados, juízes, presidente da república, ministros, prefeitos e governadores, entre outros.
Você observou que se diz “vossa excelência fez”, “vossa excelência falou”?
É isso mesmo: os pronomes de tratamento sempre fazem a concordância de terceira pessoa, embora se refira à segunda. e tanto faz ser do plural ou do singular.
Então, devemos dizer:
“Vossa excelência recebeu o convite”, e não recebestes.
“Vossas excelências pediram a revisão das provas”, e não pedistes.

Mais uma informação: os pronomes de tratamento devem fazer também a concordância de gênero.

Observe os exemplos:
“Vossa excelência parece preocupado” (quando se fala com um homem);”vossa senhoria está calma” (se você falar com uma mulher).
E mais um lembrete:
Ao falar com uma dessas autoridades, devemos usar vossa excelência:
“Vossa excelência poderia me acompanhar?”.
Mmas quando falar sobre (a respeito de) uma autoridade, usamos sua excelência:.
“Você poderia me ajudar a me encontrar com sua excelência?”
Ele “requis” ou “requereu”?
O verbo “requerer” parece ser uma eterna dor de cabeça.
já sabemos que:
Rever é derivado do verbo ver;
Intervir é derivado de vir;
Repor é derivado de pôr.
Mas será que requerer é derivado de querer?

De jeito nenhum! esse é apenas mais um verbo que confunde muita gente.

Requerer não significa “querer de novo”.
Requerer é solicitar por meio de requerimento, dirigir petição a uma autoridade ou pessoa em condições de despachar o que é pedido.
Então, nem pense em conjugar o verbo requerer como o verbo querer.
Ouça com atenção:
“Eu requeiro”, e não eu requero.
“Eu requeri”, e não eu requis.
Aliás, o requis é uma praga que sempre está na boca de muita gente.
Então, não esqueça que o correto é:
“Ele requereu a revisão da prova”;
“Ele requereu uma audiência”.
“Ele eu requeresse”, “quando eu requerer”…

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