Meios de comunicação e redes sociais mostraram densa nuvem de fumaça saindo de um dos terminais do aeroporto
Mais de 30 pessoas morreram e cerca de 180 ficaram feridas em explosões no aeroporto e no metrô de Bruxelas, na Bélgica, na manhã de ontem. O governo elevou o alerta para terrorismo no país para nível máximo. O grupo que se autodenomina “Estado Islâmico” assumiu a autoria dos ataques em comunicado oficial, onde os extremistas alertam para mais ataques que estão por vir nos “Estados aliados contra o Estado Islâmico”.
De acordo com a ministra da Saúde belga, Maggie de Block, 14 pessoas teriam morrido nas duas explosões que ocorreram no aeoporto e mais de 80 ficaram feridas. Já na estação Maelbeek, houve outra explosão que matou ao menos 20 pessoas e deixou e 106 feridos, segundo o prefeito de Bruxelas, Yvan Mayeur.
Oficialmente, porém, ainda não há números exatos dos estragos causados pelos ataques, segundo o promotor Frederic van Leeuw. Em coletiva de imprensa, ele disse que diversas explosões foram controladas ao longo do dia, com as autoridades identificando pacotes suspeitos.
Além disso, Leeuw afirmou que as buscas feitas na região de Schaerbeek levaram à descoberta de dispositivos explosivos contendo pregos, produtos químicos e uma bandeira “Estado Islâmico”.
O primeiro-ministro belga, Charles Michel, confirmou que uma das explosões no aeroporto foi causada por um ataque suicida. Ele classificou a ação como “violenta e covarde” e disse que foi um “momento trágico na história do país”.
As duas primeiras explosões aconteceram por volta das 8h (4h de Brasília) no aeroporto de Zaventem. A terceira ocorreu cerca de uma hora depois na estação de metrô de Maelbeek, perto das instituições da União Europeia.
Ataques simultâneos
Uma dupla explosão no Aeroporto de Zaventem, em Bruxelas, além de uma bomba em uma estação de metrô, deixou a capital belga em alerta máximo. Os ataques ocorreram quatro dias após a operação que prendeu Salah Abdeslam, um dos principais suspeitos pelos atentados em Paris ocorridos em 2015.
Fontes do Belgocontrol, o órgão que regula a navegação aérea civil na Bélgica e em Luxemburgo, informaram que o aeroporto foi fechado e a maioria dos voos desviados para outros aeroportos da região.
O trânsito ferroviário com ligação às instalações aeroportuárias também foi fechado. Uma fumaça preta saiu durante horas da entrada da Estação de Maalbeek, situada na rua de Loi, perto das instituições europeias, segundo imagens de televisão. O serviço de metrô foi suspenso.
Imagens de diferentes meios de comunicação e das redes sociais mostram densa nuvem de fumaça saindo também de um dos terminais do aeroporto, enquanto dezenas de passageiros corriam para o exterior do prédio com suas malas.