Foto: Ivan Teixeira/Jornal de Hoje
Membros da sociedade civil e diversas autoridades se reuniram na manhã de ontem, no auditório do Sindicato do Comércio Varejista de Nova Iguaçu (Sincovani), para debater a Segurança Pública na cidade. Entre as presenças, destaque para a deputada estadual e presidente da Comissão de Segurança Pública e Assuntos de Polícia da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Martha Rocha.
Ex-chefe da Polícia Civil, a deputada participou do encontro do Conselho Comunitário de Segurança e apontou a crise pela qual o País atravessa como uma das responsáveis pelo aumento da insegurança.
“A crise no país atinge diretamente em todos os Estados. Porém, aqui no Rio não existe crise política, somente econômica. Acredito que assim que passar essa fase ruim vamos voltar ao patamar anteriormente ocupado, onde índices mostravam a redução da violência. O Estado cortou a verba para investimentos, mas a manutenção do que já existe é fundamental, assim como o pagamento dos policiais e funcionários. Não podemos perdê-los por falta de motivação. É sobre isso que eu brigo constantemente na comissão da Alerj”, garantiu.
O encontro do conselho também debateu temas como a necessidade de um novo destacamento da Polícia Militar e da construção de um Batalhão da PM em Nova Iguaçu, além da convocação dos aprovados no último concurso para a Polícia Civil, nos cargos de oficial de cartório e papiloscopista, entre outras sugestões.
Alessandro Alves é guarda municipal em Mesquita e questionou a não existência da Guarda Municipal em Nova Iguaçu. Ele, que também já exerceu a função no município do Rio de Janeiro e atualmente participa na criação da Guarda de Queimados, apontou o possível avanço na segurança com a implantação deste órgão. Alessandro citou ainda o trabalho em conjunto da PM e da Guarda Municipal na área do 25º BPM (Cabo Frio), que obteve bons resultados.
Por sua vez, Martha Rocha rebateu alegando que as duas regiões não se comparam em relação às ocorrências criminais. A deputada disse que alguns dos assuntos citados durante a reunião do conselho também estão em pauta na comissão que ela preside na Alerj. Segundo ela, a comissão tem o papel de fiscalizar, ouvir a comunidade e cobrar melhorias por parte dos responsáveis.
O presidente do Conselho Municipal de Segurança Pública, Direitos Humanos e Cidadania, Jaime Soares, pediu atenção extra na segurança nos corredores que englobam a Estrada de Madureira e Arco Metropolitano, onde são altos os índices de roubo de veículos. Através de uma apresentação de slides, mostrou gráficos, reportagens e protestos de moradores, com os quais comprovam o aumento da violência nos últimos meses.
Os secretários de Assuntos Estratégicos, Marcelo Lessa, e de Defesa Civil e Ordem Pública, Luiz Antunes, também compareceram à reunião e contribuíram com suas opiniões para o aumento da segurança iguaçuana.
O Conselho Comunitário de Segurança é composto pelos delegados da 52ª DP (Nova Iguaçu), Geraldo Estefan; 56ª DP (Comendador Soares), Jorge Zahra; e 58ª DP (Nova Iguaçu) Paulo Roberto; e pelo comandante do 20º BPM (Mesquita), que esteve representado pelos tenentes Melo e Caldas, subcomandantes da 1ª e 3ª Cias, respectivamente. Representantes da sociedade civil participam efetivamente de forma eletiva.
por Erick Bello
