COLUNA ESPAÇO MOTOR por JOÃO MENDES – 02/04

Facebook
Twitter
LinkedIn
Pinterest
Pocket
WhatsApp

“Chaveta”, a raça, o ídolo
160401 V21 160401 V21B

A primeira corrida de motocross que aconteceu no estado do Rio de Janeiro foi em 1973 nas areias da praia do Leme. Dois pilotos foram os protagonistas o Nivanor Bernardi representando o Paraná, com apoio de uma fábrica, a Yamaha, e um carioca, Luizmar “Chaveta” Muniz, que nunca tinha praticado a modalidade enquanto Nivanor andava desde o ano anterior em provas que aconteciam em São Paulo. Como carioca torcia para o “Chaveta” que largou na frente mas não resistiu ao ataque do Nivanor que venceu a prova. A disputa foi acirrada e naquele dia, eu com apenas 17 anos, passei a ter um ídolo, o meu primeiro no motociclismo de competição brasileiro, “Chaveta”. Na sequência acompanhei as provas do Estadual do RJ de Motocross em Campo Grande onde “Chaveta” faturou alguns títulos e fui para São Paulo assistir as provas de motovelocidade de longa duração onde meu ídolo também acelerava. Aí começaram as provas de motocross na Fazenda Santa Rosa na cidade de Miguel Pereira e ele continuou brilhando, nem sempre tinha a melhor moto, nem grandes patrocínios mas com raça disputava a ponta e vencia. Me lembro que uma noite saímos da Fazenda Santa Rosa em direção ao centro de Miguel Pereira, um grupo de moto, numa estrada deserta de uns 15 km, foi uma corrida infernal, todas as motos eram do fora da estrada, trail ou cross, menos uma, a do “Chaveta” uma Suzuki GT250, moto da chamada categoria street mas com guidom Manks, aquele curtinho para competições de velocidade, é não é que o cara acelerou aquilo na terra e foi junto com a turma ! Tinha uma habilidade impressionante e até representou o Brasil em provas no exterior. Ficamos amigos, virei jornalista especializado em motociclismo, fiz com ele várias entrevistas inclusive uma para o programa Bike Show, em 1987 ou 1988, onde coloquei ele de um lado e o Nivanor do outro para relembrarmos a famosa corrida do Leme. Depois também virei piloto e em 1984 fiquei orgulhoso de vencer a categoria Novatos até 250 cc no Festival Brasileiro de Supercross no Pavilhão de São Cristovão enquanto meu ídolo “Chaveta” vencia na categoria Nacional Pro, aquilo foi uma honra. Sua origem humilde tirou sua chance de vencer mais do que venceu, muita gente tinha grana e moto do ano enquanto ele muitas vezes corria de última hora com moto emprestada, sem treino e ainda fazia bonito. O cara era muito raçudo e foi um multi campeão, venceu no motocross, supercross e velocidade. Uma grande alegria que tive na vida foi homenageá-lo no Salão Bike Show de 2014 onde uma legião de pilotos apareceu no Riocentro para prestigiar aquele que considero o meu primeiro ídolo, a primeira estrela no motocross do Rio de Janeiro, uma estrela, que com 66 anos, um infarto fulminante levou para o céu  transformando o ídolo numa lenda.
Mercedes-Benz made in Brazil
160401 V22

Consagrada por seus carros premium a Mercedes-Benz lançou seu primeiro carro produzido no Brasil no final de 1998, modelo 1999, era o pequeno Classe A, montado na fábrica de Juiz de Fora – MG. Era um carro que tinha bom preço, divertido de guiar, cheio de tecnologia mas  tinha espaço reduzido no banco traseiro, algumas revendas da marca não tratavam seus proprietários como sendo realmente donos de um Mercedes, as peças e mão de obra eram caras e o mercado acabou não absorvendo o modelo como se esperava e o Classe A nacional saiu de linha em 2005. Dez anos depois a Mercedes-Benz começa as obras de uma nova fábrica em Iracemápolis, interior de São Paulo, e num tempo recorde, apenas 13 meses, essa fábrica entra em operações produzindo o campeão de vendas da marca, o sedan Classe C, para no segundo semestre produzir também o GLA, utilitário de grande aceitação. É uma nova fase, com um país cheio de incertezas, mas a Mercedes-Benz tem tudo para chegar a liderança do segmento premium com esses dois produtos consagrados. Visitei a linha de montagem que é toda manual, por causa disso e dos impostos aqui do Brasil o veículo nacional deve ter preço semelhante ao importado mas com a fabricação em solo nacional se tem a certeza de que, na hora da manutenção, qualquer peça chegará a concessionária com mais agilidade. Essa é a 26ª fábrica da empresa no mundo e a 4ª unidade do Brasil, onde foram investidos 600 milhões de reais. Nesta fase inicial tem capacidade para produzir 20.000 veículos por ano e terá 750 postos de trabalho até o final de 2016. A Mercedes-Benz obteve recordes de vendas em 2015 e neste ano completa 60 anos de Brasil e 130 anos do início de sua história quando lançou o primeiro automóvel. Com a nova fábrica deve ser ampliada a rede de concessionárias e num futuro breve certamente veremos muito mais carros da Mercedes-Benz nas ruas do Brasil.

Facebook
Twitter
LinkedIn
Pinterest
Pocket
WhatsApp

Nunca perca nenhuma notícia importante. Assine nosso boletim informativo.

Publicidades

error: Conteúdo protegido!