Líder orientará bancada a aprovar o impeachment, mas votará contra a queda de Dilma
Foto: EBC/Divulgação

Ficou definido com a bancada peemedebista na Câmara que não haverá punição aos deputados federais que votarem contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff neste domingo (17). O líder do partido, Leonardo Picciani (RJ), orientará seus pares pela aprovação do impedimento, mas ele mesmo anunciou que votará com o governo.
Com uma bancada formada por 67 deputados, o PMDB, em sua maioria, votará pelo afastamento da presidente. São previstos 60 votos pelo impeachment.
Havia uma polêmica sobre como se comportar diante daqueles que apoiarem Dilma. A ala mais radical afirma que os defensores do governo ficarão de fora do governo do vice-presidente Michel Temer, caso o impeachment seja aprovado no Congresso.
“Placar do impeachment” do Estadão até 19 horas de ontem

Desde a noite de quinta-feira, estava garantida a aprovação da abertura do processo de impeachment, na Câmara dos Deputados, contra a presidente Dilma Rousseff. Ontem, até sete da noite, um total de 346 deputados e deputadas haviam assumidos abertamente a intenção de votar pelo afastamento, na sessão neste domingo (17).
O levantamento do “Placar do Impeachment”, elaborado pelo jornal O Estado de S. Paulo, indicava que 131 parlamentares anunciavam voto contra o impeachmento, enquanto 12 se declaravam indecisos e 24 não quiseram dizer o que pretendem fazer na hora da votação.
O Palácio do Planalto tem usado esse Placar como referência para o resultado esperado da votação na Câmara. Um ministro do núcleo duro do governo confidenciou que o levantamento é “muito próximo” dos números que a equipe de articulação trabalha.
Do outro lado, o governo continua atuando para conquistar os 172 votos necessários para barrar o impeachment e espera que, neste domingo, haverá “traições” tanto de quem se declarou a favor como daqueles se declararam contra o afastamento de Dilma.