Saúde e Beleza – 28/04

Uso abusivo de descongestionantes nasais traz riscos à saúde
160427 coluna saúde e beleza

O incômodo causado pelo entupimento das narinas faz com que quem sofre do problema acabe recorrendo ao uso de descongestionantes nasais, que proporcionam alívio imediato. Como está disponível para venda livremente em farmácias, sem a necessidade de receita médica, esse tipo de medicamento pode parecer inofensivo, mas sua utilização de maneira incorreta pode causar efeitos colaterais indesejáveis, como dependência.
De acordo com o médico alergista Diener Frozi, responsável pelo projeto “Viva Sem Alergia”, os descongestionantes são úteis para quando os vasos sanguíneos dilatam, como por exemplo em uma reação a ácaros, fungos e poeira. Em casos assim, pingar algumas gotas do líquido nas narinas ajuda a desinchar os vasos, facilitando a respiração. “Isso acontece porque o remédio possui propriedades vasoconstritoras. O perigo é que a substância é absorvida pela mucosa nasal e levada até a corrente sanguínea e pode gerar efeitos de taquicardia e pressão alta”.
Além de possuírem atuação apenas temporária, quanto mais se usa os descongestionantes, menor é seu tempo de ação, explica o Doutor Frozi. A melhor alternativa para evitar o uso desnecessário é adotar o soro fisiológico como solução para obstruções.  A lavagem pode ser realizada com o auxílio de um reservatório próprio para aplicação nasal.  “Em alguns casos, podemos prescrever o uso de corticoides nasais, que possuem benefício parecido, mas sem o mesmo perigo para os pacientes”, salienta o médico.

Novidade no tratamento do AVC isquêmico

O Acidente Vascular Cerebral (AVC), conhecido popularmente como “derrame”, é a doença que mais causa mortes no Brasil, chegando a causar mais de 100 mortes por ano, além de ser a maior causadora de incapacidade do mundo. Cerca de 50% dos que sobrevivem à doença acabam por desenvolver sequelas. Ainda há pouca estrutura no país para lidar com o AVC, fator que, combinado com o desconhecimento dos sintomas, justifica essa grande letalidade.
A doença consiste na obstrução de um vaso sanguíneo dentro da cabeça. Segundo Letícia Rebello, neurologista do Hospital de Brasília, em 90% dos casos, o AVC poderia ser evitado. Colesterol, pressão alta, diabetes, fumo e arritmias cardíacas são fatores que elevam a chance de se ter a doença, e todos eles podem ser tratados ou evitados. “Nosso sistema de prevenção primária é muito falho. As pessoas não se cuidam e não há políticas efetivas para estimular uma vida mais saudável da população, longe desses fatores de risco”, pontua a médica.
Um novo procedimento vem trazendo maior efetividade ao tratamento do  AVCi, desde o início do ano passado. O tratamento endovascular é uma técnica que vem demonstrando grande eficácia em vítimas da doença. Com o tratamento correto e rápido, é possível reverter grande parte dos casos, minimizando sequelas e reduzindo o óbito.
Boa parte da gravidade da doença deve-se também ao fato do AVC não demonstrar sintomas graduais. A médica explica que, diferente da crença popular, a doença ataca subitamente e requer tratamento imediato. Ao notar os sintomas da doença, deve-se partir imediatamente para uma unidade de emergência capacitada.
Somando-se aos fatores de risco descritos pela médica, outros como a idade avançada, a cor negra e histórias de AVC na família também aumentam a chance da doença: “Com o envelhecimento da população, os casos se tornam mais frequentes e também é mais urgente a política de prevenção primária que mitigue os fatores de risco na população”, destaca a neurologista.

Principais sintomas do AVC:
– Fraqueza em um dos lados do corpo – dificuldade para levantar um dos braços;
– Perda de mobilidade parcial da face, a popular “boca torta”;
– Dificuldade para falar e entender uma frase.

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