Saúde e Beleza – 06/05

Pais devem usar pasta de dente que contenham 1000 ppm de flúor para crianças

Os pais devem usar cremes dentais que contenham flúor em uma concentração mínima de 1.000 partes por milhão para prevenir a cárie dentária nas crianças, diz um estudo. A prevenção da cárie dentária pode ajudar a reduzir a necessidade de extensos e dispendiosos tratamentos dentários, incluindo extrações.

Os autores, em um segundo estudo relacionado, sugerem que os pais preocupados com o risco de fluorose devem consultar um odontopediatra para discutir os benefícios e riscos da prática.

No Brasil, recentemente, a Associação Brasileira de Odontopediatria emitiu um comunicado com o mesmo teor e recomendação do estudo americano. Segundo a entidade, “apesar de todos os esforços, a cárie dentária permanece como um importante problema de saúde pública e as evidências científicas disponíveis nesse momento indicam que um importante fator para sua prevenção é a utilização diária de dentifrício fluoretado com 1000 ppm de flúor desde a erupção do primeiro dente. Não existe nenhuma outra intervenção que apresente os mesmos benefícios dessa simples medida domiciliar”.

Pesquisadores do Oral Health Group Cochrane já haviam demonstrado que dentifrícios fluoretados reduzem a cárie dentária em 24%, em média, em comparação com produtos sem flúor. A pesquisa mais recente do grupo, que envolveu 79 ensaios com dados de 73.000 crianças em todo o mundo, examinou o efeito dos diferentes cremes dentais para crianças e descobriu que aqueles com menores concentrações de flúor que 1.000 partes por milhão foram tão ineficazes quanto os cremes dentais sem flúor na prevenção da cárie dentária. Os cremes dentais infantis variam de 100 ppm a 1.400ppm na concentração de flúor.

Fluorose dentária

“O estudo sugere que escovar os dentes de uma criança com um creme dental com flúor, antes da idade de 12 meses, pode estar associado com um risco aumentado de desenvolvimento de fluorose leve. A ingestão de grandes quantidades de pasta de dente pode ainda causar fluorose em crianças de até seis anos de idade, quando os dentes permanentes ainda estão em desenvolvimento, mas usar uma pequena quantidade, com cuidado, vai reduzir esses riscos. Após a idade de seis anos, os dentes estão totalmente desenvolvidos e a pasta de dentes pode ser usada sem receio de fluorose”, explica o pediatra e homeopata Moises Chencinski (CRM-SP 36.349).

A Associação Brasileira de Odontopediatria vai ao mesmo sentido: “cuidados simples são efetivos para diminuir o risco da fluorose dentária. O mais importante é controlar a quantidade utilizada do dentifrício (o ideal é apenas uma lambuzadela na escova) e, para as crianças menores, saber que a responsabilidade e o cuidado com a quantidade é sempre dos pais e/ou cuidadores”.

“Do ponto de vista da saúde pública, o risco da cárie dentária e as suas consequências, tais como dor e extrações é maior que o pequeno risco de fluorose. As crianças teriam de engolir uma grande quantidade de pasta de dente, durante um longo período de tempo, para obter o grave mosqueado castanho sobre os dentes, em oposição às manchas brancas suaves mais típicas”, observa Checinski.
 

Outono e Inverno: tempo seco traz riscos à garganta

Com a chegada do frio e da baixa umidade do ar, o tempo seco predomina. Não é incomum observar pessoas tossindo ou pigarreando dentro dos escritórios devido ao ar condicionado ou mesmo nas ruas – sintomas que são ainda piores para quem já sofre de algum tipo de alergia respiratória. Diante desse cenário, é comum sentir incômodo na garganta, no nariz e nos olhos. Em alguns casos, esses sintomas já sinalizam gripes e resfriados.

As irritações, em geral, acontecem porque os agentes responsáveis pelo agravamento das alergias, como a poeira e a poluição, ficam um período maior suspensos no ar. A baixa umidade, além de contribuir para que as crises alérgicas sejam desencadeadas, também modifica o funcionamento das vias respiratórias superiores e pode predispor ao aparecimento de doenças infecciosas, como gripes e resfriados “É muito comum que um sintoma leve ao outro. A obstrução nasal, por exemplo, mesmo que inicialmente seja isolada, leva a respiração pela boca e pode gerar desconforto e dor de garganta”, explica a  Dra. Talita Poli Biason.

Durante o tempo seco, alguns cuidados básicos incorporados no cotidiano podem prevenir os problemas na região. Confira as dicas da médica:

Beba bastante água: ingerir, no mínimo, dois litros do líquido todos os dias ajuda a manter o organismo hidratado, auxilia na prevenção de doenças respiratórias e alivia a irritação na garganta.

Mantenha o ambiente sempre higienizado: em casa ou no trabalho, é essencial deixar todas as superfícies limpas, pois evita a disseminação de microorganismos. Para isso, basta utilizar um pano úmido com água e sabão para remover o acúmulo de poeira.

Lave as mãos: esse cuidado é necessário sempre que entrar em casa, na hora de manipular alimentos ou após usar o banheiro.

Fique atento ao cardápio: invista no consumo de alimentos saudáveis e fontes de líquidos. Algumas sugestões são saladas variadas e frutas como melão, melancia, abacaxi, maçã, ameixa vermelha e morango.

Pratique exercícios no horário certo: o ideal é treinar nos horários em que a umidade do ar não esteja tão baixa. Em geral, isso costuma ocorrer pela manhã.

Se mesmo com essas cautelas o indivíduo apresentar processos dolorosos da garganta, é importante buscar auxílio de um médico para que o mesmo estabeleça o diagnóstico e indique o melhor tratamento.

Feito isso, dependendo do grau do processo inflamatório da região, o especialista pode sugerir o uso de medicamento de cloridrato de benzidamina. É que essa substância, por conta de suas propriedades anti-inflamatórias, analgésicas e anestésicas, reduz os sintomas, ajudando no tratamento de amigdalites, faringites e laringites.

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