Saúde e Beleza – 13/05

Especialista dá dicas sobre uso de repelentes

Em tempos de Dengue, Chikungunya e Zika Vírus, a população brasileira busca cada vez mais se proteger contra as nocivas picadas de insetos, que podem trazer doenças, além de, na maioria das vezes, causar reações alérgicas. Pensando nisso, a especialista Enilce Maurano Oetterer, esclarece questões relacionadas ao uso dos produtos repelentes para quem quer se proteger sem correr riscos, tanto de acabar picado por uso errôneo, quanto por intoxicação pelos próprios repelentes.

Ela ressalta que os repelentes de insetos são classificados como produtos cosméticos e são desenvolvidos com a finalidade de repelir os insetos e devem ser aplicados sobre a pele. Apresentam-se nas mais variadas formas como loção, spray, emulsões, misturas líquidas, etc
Várias matérias primas fazem parte das diferentes composições químicas dos repelentes de insetos encontrados no mercado. Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA, as substâncias ativas aprovadas para a utilização em formulações de produtos repelentes são:

• Icaridina®: substância indicada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), cujo princípio ativo sintético é derivado da pimenta.  Em concentração de 10% confere proteção por um período de três a cinco horas e, a 20%, de oito a dez horas.
•  IR3535®: é um dos produtos mais seguros, podendo ser utilizado por lactantes, crianças e gestantes.  Em concentração de 30% é permitido pela Anvisa para crianças acima de 6 meses. Seu período de proteção conferido é de quatro horas.
•  DETT: criado pelo Exército americano na Segunda Guerra Mundial, é efetivo contra picadas de insetos, carrapatos e artrópodes. Em concentração de até 10%, não deve ser aplicado mais que três vezes ao dia em crianças de 2 a 12 anos.

Precauções necessárias na utilização de produtos repelentes sobre a pele
A especialista recomenda que o consumidor deve ficar atento ao observar a rotulagem do produto, verificando as instruções de uso, no que se refere ao modo de aplicação, às condições de armazenamento do produto, precauções bem como os seus cuidados no manuseio. Além disso, é importante observar se o repelente é adequado para o uso em crianças.

•       Leia as instruções antes de usar
•       Escolher os produtos, de acordo com a idade do usuário.
•       Não deverá ser utilizado sobre a pele irritada ou com apresentar lesões.
•       Não usar nenhum tipo de pulverizador diretamente sobre o rosto.
•       Em casos de transpiração intensa reaplicar o produto
•       Não ingerir e não o inalar o produto
•       Aplique o produto de forma homogênea em todas as partes expostas da pele.
•       Aplique primeiramente o produto nas mãos e a seguir leve ao rosto.
•       Aplique o produto de forma homogênea em todas as partes expostas da pele.
•       Não aplique na região dos olhos, boca e mucosas
•       Lavar as mãos após aplicar para evitar contatos com os olhos e ingestão acidental
•      Crianças não devem manipular repelentes. Os adultos devem antes aplicar em suas próprias mãos e depois espalhar delicadamente na pele das crianças. Nunca aplique repelente nas mãos das crianças para evitar ingestão ou contato com os olhos acidentalmente.
A professora também frisa que receitas caseiras apesar de mais econômicas devem ser evitadas, já que a composição normalmente não é submetida aos testes dermatológicos para alergias, toxicidade, irritações cutâneas e aos testes de eficácia, relativo a dosagem e tempo de reaplicação. “Desta maneira, sem os testes apropriados, o usuário pode supor que está protegido, mas corre o risco de ser picado por mosquitos transmissores de doenças com consequências nocivas à saúde”, alerta a especialista.

 

Mexer as pernas em viagens diminui o risco de trombose

iajar é sempre bom, mas viajar com saúde é ainda melhor. Se o seu destino exigir mais de quatro horas dentro de um meio de transporte fique alerta, já que permanecer com as pernas paradas por tanto tempo pode aumentar o risco de trombose.
“A trombose é uma formação de coágulo sanguíneo que geralmente aparece nas pernas. Esse coágulo bloqueia o fluxo normal de sangue provocando inchaço, dor e vermelhidão. Ele também pode ser transportado pela corrente sanguínea até outros órgãos e causar a embolia pulmonar”, explica Ary Elwing, angiologista especialista em cirurgia vascular periférica e tratamento a laser.
O problema tem início nas pernas porque a panturrilha é considerada o segundo coração do corpo. “O coração bombeia o sangue para os membros inferiores que tem a função de devolvê-lo”, diz o angiologista. “Quando há falha nessa devolução é sinal de risco à saúde”.
Em alguns pacientes, como aqueles já diagnosticados com complicações vasculares desde varizes à diabetes os cuidados devem ser redobrados durante uma viagem, pois o risco de falha no sistema circulatório é maior.
O indicado, antes de pegar a estrada, é escolher roupas largas e calçados confortáveis e usar meias de compressão. “Em pacientes com varizes as veias se dilatam e afetam as válvulas que devolvem o sangue ao coração, com as meias de compressão essas válvulas são aproximadas, devido à pressão, e então funcional da forma correta”, explica Elwing.
Porém, o recomendado para qualquer pessoa é realmente não ficar parada. “Mexa as pernas. Se estiver no avião levante e ande um pouco no corredor, no ônibus desça nas paradas ou pelo menos faça movimentos circulares com os pés a cada meia hora”, pontua.
Hidratar-se também é fundamental, desta forma evita-se que o sangue engrosse e pare nas veias. Mas nada de bebida alcoólica ou que contenha cafeína.
O diagnóstico de trombose é feito por exame clínico ou ultrassonografia e o tratamento visa à prevenção de novos coágulos com o uso de medicamentos. “São substâncias anticoagulantes que impedem a formação dos coágulos ou fibrinolíticos que os destroem”, explica Elwing. “Caso o paciente já tenha um histórico da doença possivelmente terá o problema novamente, então é preciso atenção redobrada”, finaliza.

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