Muricy se defende de críticas sobre esquema

“Temos obrigação de conhecer nossos adversários e pensar na melhor maneira de enfrentá-los” Foto: Gilvan de Souza/ Divulgação

“Temos obrigação de conhecer nossos adversários e pensar na melhor maneira de enfrentá-los”
Foto: Gilvan de Souza/ Divulgação

Parte da torcida, alguns jornalistas e até mesmo conselheiros do Flamengo reclamam que o técnico Muricy Ramalho ainda não conseguiu dar um padrão tático ao time. O treinador, que assumiu em janeiro, não encontrou o melhor esquema de jogo. Por várias vezes, insistiu no 4-3-3, que sempre foi muito contestado. Quando usou o 4-4-2, também não chegou a brilhar. Na manhã de ontem, logo após comandar um coletivo no Ninho do Urubu, o comandante decidiu responder às críticas. “Para o Campeonato Brasileiro, por exemplo, se você joga com um único esquema é considerado previsível. Se muda é porque tem variações. Temos que respeitar as características dos jogadores. Temos o 4-3-3 e o 4-4-2, são variações. Aqui no quadro negro e no microfone somos invictos. Na prática, a coisa é um pouco diferente. Temos obrigação de conhecer nossos adversários e pensar na melhor maneira de enfrentá-los. Quem é competente ganha o Brasileiro. Não só dentro de campo, mas fora também”, avisou Muricy.
O treinador também comentou sobre o possível abatimento com os maus resultados por parte do elenco. “O jogador sente como qualquer outra pessoa. A gente sabe que existe ansiedade, pois vivemos de resultado. A confiança só vai voltar com o time jogando e conseguindo ganhar os jogos”, disse.

Grupo rubro-negro se prepara para estrear no Brasileiro com o pé direito Foto: Gilvan de Souza/ Divulgação

Grupo rubro-negro se prepara para estrear no Brasileiro com o pé direito
Foto: Gilvan de Souza/ Divulgação

O comandante falou ainda sobre a necessidade de começar o Brasileirão com um resultado positivo. A estreia será neste sábado (15), às 16h, contra o Sport, no Estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda. Justamente por isso, tratou de convocar a torcida. “É muito importante começar ganhando no Campeonato Brasileiro, ainda mais quando se tem o mando de campo na estreia. Por isso, é importante o apoio da nossa torcida, que vai precisar fazer muita pressão em Volta Redonda”, declarou Muricy.
Sobre a escalação, o técnico não quis antecipar quem vai a campo, até porque, no treino de ontem, não pôde contar com dois titulares. O volante Willian Arão e o meia argentino Federico Mancuello trabalharam separados do elenco. Porém, ambos não preocupam.

Emerson Sheik se recuperou das dores musculares e vai esquentar banco Foto: Gilvan de Souza/ Divulgação

Emerson Sheik se recuperou das dores musculares e vai esquentar banco
Foto: Gilvan de Souza/ Divulgação

Assim, a tendência é o time ser escalado com: Paulo Victor; Rodinei, Juan, Wallace e Jorge; Gustavo Cuéllar, Willian Arão, Federico Mancuello e Fernandinho; Marcelo Cirino e Paolo Guerrero. O meia Everton, livre de lesão na coxa direita, e o atacante Emerson Sheik, recuperado de dores musculares nas duas pernas, serão relacionados, conforme confirmou o próprio treinador, mas começam no banco de reservas. Nesta sexta-feira, o plantel trabalha na parte da tarde e, em seguida, a delegação viaja para Volta Redonda.

Os políticos precisam pensar no povo

Sempre engajado, o treinador do Flamengo não se furtou a comentar o afastamento da presidente Dilma Rousseff pelo Senado, confirmado na madrugada de ontem após votação. “Tenho certeza de que o povo brasileiro está muito triste. Está na hora dos nossos políticos trabalharem mais pelo povo, pensarem no povo. Espero que não pensem neles, nos amigos deles, mas sim que pensem no povo, pois a coisa está muito feia. Não sei se eles sabem, mas está muito feia. São onze milhões de desempregados. Três familiares meus perderam o emprego recentemente. Eu não tenho partido, pois para mim interessam as pessoas que vão lá e trabalham para o povo”, finalizou Muricy.
A presidente do Brasil ficará 180 dias afastada do cargo para se defender. Neste período, o país será governado pelo vice Michel Temer. Caso ela não renuncie, passará por um novo julgamento no plenário, onde poderá sofrer o impeachment ou recuperar o cargo.

 

 

 

por Jota Carvalho

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