Dicas de Português – 19/05

Seis dicas para não cair nas “pegadinhas” dos concursos

Só de ouvir falar na palavra “pegadinha” você sente calafrios. Afinal, ao terminar uma prova acreditando que tinha acertado todas as questões, você constatou que caiu na famosa pegadinha ao conferir o gabarito. Elas são feitas para um público-alvo e com objetivo de eliminar os candidatos menos preparados. Portanto, cada detalhe, palavra e pontuação podem ser a diferença entre classificação ou eliminação.

Embora as questões com pegadinhas proliferem nas provas a cada concurso, o candidato não deve entrar em pânico. Assim como as bancas quebram a cabeça para elaborar enunciados difíceis, o concursando também deve estudar a estrutura de cada “cilada”.
Por isso fique atento às regras básicas que o Banco de Concurso preparou para o candidato distraído e também para aquele que “queimou as pestanas” de tanto estudar:
1- Primeiro é preciso lembrar que seu estado emocional no momento da prova pode interferir de maneira drástica no resultado. Mantenha a calma, relaxe, faça alongamentos e respire fundo. Pânico, medo e ansiedade não lhe ajudarão a conquistar a vaga;
2-Todo mundo está cansado de saber que ler o enunciado uma, duas, três e até quatro vezes (se for preciso) é uma das regras primordiais. Não tenha preguiça, se não entendeu a questão, interprete-a, redobre a atenção e só depois marque a alternativa que considerar correta;
3- Livros que abordam como analisar as pegadinhas nas questões não faltam. Na internet também é fácil encontrar fóruns de discussões e comparações de enunciados de concursos anteriores que estavam recheadas de pegadinhas.
4-Aos candidatos que utilizam a técnica “decoreba”, atenção redobrada, pois muitas questões envolvem também interpretação – terreno fértil e perigoso para esse tipo de concursando que aciona o botão automático da inconsciência e responde de acordo com o que decorou e não com o que entendeu;
5- Fique atento ao enunciado quando for solicitado marcar a alternativa “correta” ou “errada”. Muitas vezes as bancas solicitam marcar a alternativa “incorreta” ou “não correta”. Uma palavra a mais ou a menos faz toda a diferença;
6- Leia com maior rigor as questões que pedem para marcar mais de uma alternativa.

 

O uso da crase na indicação de horas

O uso da crase, sem dúvida, representa um dos entraves que acometem um grande número de usuários do sistema linguístico. Contudo, vale dizer que esse bicho “monstruoso”, aos poucos vai se redefinindo e adquirindo novas concepções mediante o desenvolvimento de determinadas habilidades, como, por exemplo, a prática constante da leitura.

Nesse ínterim, o que se encontra em jogo é o que chamamos de memória visual, pois ao estabelecermos contato com esta ou aquela palavra, passamos a internalizá-la, tendo em vista todos os seus aspectos, sobretudo no que tange à ortografia. Nesse sentido, nada que algumas dicas também não representem um valioso benefício, não é verdade? Para tanto, façamos primeiramente uma breve retomada acerca do conceito de crase e, em seguida, nesse estudo, priorizaremos o uso dela em se tratando da indicação de horas.

Sabemos que a CRASE é a fusão do artigo feminino “a”, ou seja, manifesta-se sempre nas palavras que o admitem, mais a preposição “a”, isto é, se o termo regente (o nome ou o verbo) exige complemento preposicionado. Tal fusão pode também se dar com os pronomes demonstrativos “aquele(s)”, “aquela(s)” e “aquilo”.

Em termos gerais, recomenda-se utilizar crase antes das locuções femininas, sejam essas prepositivas (à espera de…), conjuntivas (à proporção que, à medida que…) ou adverbiais (às vezes, à noite…). Assim sendo, integrando essas últimas está a indicação de horas, representadas por:

Saímos às 20h.

Chegamos às 2h.

Ela viajará às 19h50min, entre outros exemplos.

Constatamos, portanto, que se trata da indicação exata das horas. Nesse caso, recomenda-se o uso da preposição “a”.

Contudo, há que ressaltar que nem sempre esse uso (o da preposição “a”) é frequente, pois pode ocorrer o uso de outra preposição, tais como as demontradas nos exemplos subsequentes:

Eles chegaram após as 18h30.

Estamos aqui desde as 20h.

A companhia energética avisa que faltará energia entre as 12h e as 14h.

A conferência está marcada para as 15h.

Mediante tal ocorrência (uma vez que as preposições se encontram demarcadas), o emprego da crase é desnecessário.

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