O futuro da educação no Brasil

*Rogério Gabriel

O Relatório de Monitoramento Global de Educação para Todos aponta que as grandes diferenças de oportunidades educacionais no Brasil estão associadas às diferenças econômicas, entre as regiões rurais e urbanas. Diante de um cenário, que também engloba falhas nas metodologias empregadas pelo ensino regular, tanto público quanto privado, déficits de aprendizado, analfabetismo funcional e greves constantes de professores, como podemos contribuir para minimizar tantas disparidades e enfrentar tantos desafios?
Em toda a minha trajetória sempre priorizei os estudos. Há dez anos, sentado em uma pequena sala de treinamento do meu primeiro empreendimento (na época atuava com serviços e vendas em TI), me peguei pensando em como investir nesse setor tão nobre, que é a essência da minha filosofia de vida. Desde então, vislumbrei a possibilidade de oferecer ensino de qualidade para jovens emergentes, que tinham anseio por conhecimento, mas que não tinham acesso às melhores escolas. Além disso, me empenhei e me engajei na missão de colocá-los no mercado de trabalho, além de prepará-los, para disputar com igualdade as melhores oportunidades profissionais, que pudessem lhes garantir uma vida realmente promissora.
Confesso que foi a melhor decisão que tomei em toda a minha existência. Germinar uma semente, mesmo que pequena, é o primeiro passo para a evolução. Hoje, uma década após essa escolha, me orgulho de ter possibilitado para mais de 200 mil jovens (já passaram por nos mis de 1 milhão de alunos ) uma chance real de inserção no mercado de trabalho.
Infelizmente, o atual momento educacional do país não é um dos melhores. Segundo matéria publicada pelo jornal O Estado de São Paulo, no último dia 06 de abril, apenas duas das seis metas impostas pelo Plano de Educação da UNESCO foram cumpridas no Brasil este ano. Nesse sentido, o ensino privado pode representar uma luz sobre a questão. O setor é promissor e necessita de investidores que contribuam na disseminação do conhecimento e aprimoramento da população, que almeja uma capacitação de qualidade.
E ai vai minha pergunta para os influentes executivos brasileiros: qual é a atitude a ser tomada diante de tantas demandas? Lamentar, esperar ou colocar a mão na massa? Fica lançado o desafio. Toda a contribuição é bem-vinda e o retorno, garanto, é imensurável e muito gratificante.

*Rogério Gabriel é fundador e presidente do Grupo Prepara.

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