Os mercados tiveram uma quarta-feira (15) de trégua após a derrocada dos últimos dias enquanto aguardavam a definição do futuro da política monetária dos Estados Unidos ainda ontem. A projeção majoritária é de manutenção do juro básico e as atenções se concentrarão nas palavras da presidente do Federal Reserve, Janet Yellen.
O receio sobre a possível saída do Reino Unido da União Europeia completa o pano de fundo do cenário internacional. As bolsas de valores sobem, mas os preços do petróleo caem diante de sinais de aumento dos estoques norte-americanos.
O principal índice de ações da Bolsa brasileira deve seguir sensível ao ambiente externo e exibir certa volatilidade em dia de vencimento dos contratos futuros de Ibovespa. A melhora do ambiente internacional pode puxar o dólar para baixo.
Na cena política, havia a expectativa de que Michel Temer enviasse ontem ao Congresso o projeto que estipula um teto de evolução dos gastos públicos, conforme dito na segunda-feira (13) pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. E, na agenda econômica, o IGP-10 acelerou em junho, sob pressão nos preços do atacado.
A falta de avanço de reformas econômicas e dados de inflação em alta têm influenciado os juros futuros na BM&F, o que tende a dificultar o trabalho do Banco Central de iniciar o ciclo de corte na taxa básica de juro.
Na véspera, segundo O Valor, o presidente do Senado, Renan Calheiros, disse que “medidas substanciais deveriam ser guardadas para depois da transitoriedade do governo”, ou seja, após o provável afastamento definitivo da presidente Dilma Rousseff. De acordo com O Globo, a perícia pedida pela defesa de Dilma sobre as pedaladas fiscais e os decretos de crédito suplementar, autorizada pelo STF, irá atrasar a Comissão Especial do Impeachment e estenderá o trâmite para após as Olímpiadas do Rio, que começa em 5 de agosto e se encerra no dia 21.
Voltando ao Renan, o ministro Teori Zavascki, do STF, negou na terça pedido de prisão do presidente do Senado e do senador Romero Jucá, além de monitoramento por tornozeleira eletrônica do ex-presidente da República José Sarney.
Por “O Financista” – www.financista.com.br