
Foto: ABr
As planilhas entregues pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado à Procuradoria Geral da República (PGR) mostram que 76% dos recursos captados e destinados a políticos entre 2003 e 2004 não foram contabilizados como doação eleitoral na Justiça Federal.
Foram R$ 106,3 milhões sob a rubrica “vantagens ilícitas”, separadas, ainda, em duas modalidades: “vantagens ilícitas em doações oficiais” (R$ 25,3 milhões) e “vantagens ilícitas em dinheiro” (R$ 81 milhões). Segundo Machado, alguns políticos receberam recursos em forma de doação eleitoral enquanto outros foram beneficiados pelas duas vias.
No caso do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que recebeu R$ 32 milhões, segundo Machado, R$ 8,2 milhões correspondem a doações eleitorais, oriundo da Queiroz Galvão, por intermédio do ex-presidente da Transpetro. Os outros R$ 24 milhões foram “em dinheiro”, por meio de um sistema que Machado diz ter criado, envolvendo codinomes e senhas e encontros com assessores do senador, segundo a Folha de S.Paulo.
Em relação ao senador Romero Jucá (PMDB-RR), R$ 4,2 milhões foram em doações eleitorais para as campanhas de 2010, 2012 e 2014, enquanto R$ 16,8 foram repassados por Machado em dinheiro, envolvendo a Camargo Corrêa, a Queiroz Galvão e a Galvão Engenharia. No caso de Sarney (PMDB-AP), do total de R$ 18,2 milhões apenas R$ 2,25 milhões foram como doações eleitorais.