Nissan Frontier SL 4X4: robusto e aventureiro

Márcio Maio/Carta Z Notícias

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Normalmente, a transição entre gerações de utilitários é mais amena que a de carros de passeio. Apesar dos projetos normalmente sobreviverem por longos 10 anos, as mudanças nem sempre são suficientes para afastar novos negócios, já que a motivação principal da compra é o uso profissional, ou seja, mais racional e menos emotiva. Mas o sucesso que alguns comerciais leves fazem no Brasil – caso das picapes médias, por exemplo – e suas aptidões semelhantes às de veículos familiares podem criar certo impacto nessas fases pré-mudanças. A Nissan Frontier já tem sua terceira geração produzida na Tailândia. E será, em breve, construída na Argentina, na nova fábrica da marca dentro do complexo de Santa Isabel, da sócia Renault, em Córdoba. O modelo deve deixar de ser fabricado em São José dos Pinhais, na planta da parceira francesa no Paraná, para ser apenas importado do país vizinho. E, mesmo perto de ser substituído, reúne diversos confortos e tecnologias que deixam sua vocação de transporte de carga em segundo plano. Principalmente na configuração de topo SL, que responde por 35% do total da linha no Brasil.
A versão é a que esboça uma personalidade mais social na picape. O ar-condicionado é de duas zonas e digital, a entrada no veículo e a partida do motor se dão por meio de um botão e os bancos são revestidos em couro. Além disso, na linha 2015, a Frontier SL ganhou uma nova central multimídia com tela colorida de 6.2 polegadas. Vem com DVD e CD player, GPS, Bluetooth – com função de streaming de áudio, inclusive –, entrada USB e câmara de ré.
Sob o capô da Frontier SL está um propulsor 2.5 litros turbodiesel capaz de entregar até 190 cv de potência a 3.600 rpm e torque de 45,8 kgfm, atingido já a 2 mil rotações. O câmbio é sempre automático de cinco velocidades, assim como a tração integral com reduzida. Controles dinâmicos de tração e estabilidade também entram no pacote de fábrica.
A conta final  é salgada, mas se mostra um custo/benefício interessante quando comparada à concorrência. Pela Frontier SL 4×4, a Nissan cobra iniciais R$ 144.690. A concorrente líder no setor, Chevrolet S10, parte de R$ 154.550 em sua versão de topo, a turbodiesel LTZ, com motor 2.8 de 200 cv. Já a Ford Ranger XLT 3.2 Diesel 4X4 – AT, com propulsor 3.2 turbo de 200 cv, começa em R$ 143.500, enquanto a Toyota Hilux só passa a ter os mesmos comodismos e acabamento semelhante a partir da faixa de R$ 160 mil com motorização diesel.

por Márcio Maio
Auto Press

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