OEA cria frente de países em defesa dos direitos LGBT

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Beijaço : protesto contra a homofobia que será realizado neste sábado em São Paulo
Beijaço : protesto contra a homofobia que será realizado neste sábado em São Paulo

A Organização dos Estados Americanos (OEA) anunciou a criação de uma frente de países em prol da promoção dos direitos das pessoas LGBTI (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais, Travestis, Transgêneros e Intersexo). A iniciativa foi anunciada durante a 46ª Sessão Ordinária da Assembleia Geral da OEA e reúne Brasil, Argentina, Canadá, Chile, Colômbia, Estados Unidos, México e Uruguai.
Na declaração que formalizou a criação da frente, os países lembraram o atentado contra uma boate gay em Orlando em que um atirador matou 49 pessoas e disseram que a tragédia mostra a urgência de um trabalho conjunto de prevenção da discriminação, violência e ódio motivados por questões de gênero.
De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, o objetivo da aliança é assegurar que todos os seres humanos possam viver livres da violência e da discriminação baseadas em orientação sexual, identidade ou expressão de gênero, reconhecendo a importância de tratar das formas múltiplas e sobrepostas de discriminação. O grupo de países vai colaborar com organizações sociais para promover e proteger os direitos humanos das pessoas LGBTI.
No relatório Violência contra Pessoas LGBTI, publicado em 2015, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos, ligada à OEA, indicou que “as pessoas LGBTI, ou aquelas percebidas como tal, estão sujeitas a diversas formas de violência e discriminação baseadas na percepção de sua orientação sexual, sua identidade ou expressão de gênero” e que “estas situações de violência e discriminação são uma clara violação a seus direitos humanos, tal e como o reconhecem os instrumentos interamericanos e internacionais de direitos humanos”.

No Brasil

No Brasil, acontecem mais de seis massacres como esse por ano. Em 2015, 318 pessoas da comunidade LGBT foram mortas em crimes de ódio. De acordo com dados do Relatório 2015 — Assassinatos de LGBT no Brasil, realizado pelo Grupo Gay da Bahia, 52% das mortes são de gays, 37% de trans, 5% de lésbicas, 3% de bissexuais, 2% de heteros e 2% de t-lovers (pessoas que se envolvem com transexuais).
O ativista Agripino Magalhães, assessor de comunicação da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, diz que o Estado lidera o ranking com maior número de mortes. Em segundo lugar, vem a Bahia. Segundo ele, a cada 22 horas, um gay é assassinado no Brasil e que esses números correspondem apenas aos casos registrados. “De 80 a 90% dos LGBTs que são agredidos, que sofrem homofobia não denunciam. Por medo, pelo mal atendimento nas delegacias ou por medo da repressão da própria polícia”, declarou.
Além disso, 90% dos assassinos da população LGBT analisam muito bem os locais frequentados por suas vítimas, a rotina delas e por onde elas andam. Assim, eles sabem o momento certo de atacar. Esse tipo de comportamento foi o utilizado pelo assassino de Orlando. Informações dão conta de que ele era frequentador da boate Pulse.

Protesto contra homofobia

Recentemente, no Centro de Tradições Nordestinas, em São Paulo, o ativista socorreu o casal, Caio Irineu Tomaz da Rocha e Daniel Paschoal Camargo, que foi agredido por seguranças após seres hostilizados pelos funcionários. Para chamar a atenção deste tipo de preconceito no Brasil, neste sábado (18) será realizado um protesto na frente do CTN, na qual a população vai se reunir para dar um “beijaço” na frente do estabelecimento como forma de repúdio ao último episódio de homofobia.

“Duas coisas acabam de vez com a homofobia: educação de qualidade nas escolas sobre o que é diversidade sexual e uma lei que possa punir de fato esses indivíduos pelo crime de ódio. O amor tem que vencer. A população LGBT luta pelo amor e pela felicidade. O ódio deles nunca vai vencer”, acredita Agripino.

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