
Um morador de Mesquita, que estava desaparecido desde o dia 20 de junho, foi encontrado na última semana em frente ao SAMU do município, na Avenida União, e chocou amigos e familiares. Rhodney Claro Peixoto, de 39 anos, estava com marcas de tiros e sinais de espancamento. Na última sexta-feira (24) ele foi reconhecido por familiares e o corpo enterrado no último sábado, no cemitério da cidade. De acordo com a Coordenadoria de Diversidade Sexual de Mesquita, este caso é mais um crime de homofobia.
Segundo relatos de amigos de Rhodney, que preferem não se identificar, o cabeleireiro levou um tiro no pé, teve as pernas e os braços quebrados e levou socos no rosto. “Não temos mais informações. A família está muito abalada. Foi uma covardia” disse um conhecido.
Rhodney foi visto pela última vez saindo do salão onde trabalhava, no Méier, na Zona Norte do Rio, no último dia 20 de junho. Desde então, amigos e familiares apelaram para as redes sociais a fim de localizá-lo.
O coordenador da Diversidade Sexual de Mesquita, Neno Ferreira, não tem dúvida de que o crime teve motivação homofóbica. “O assassinato dele tem características de crime de ódio. Vamos pedir ao delegado rigor na investigação desse e de outros casos. Não podemos tolerar isso”, disse Neno.
Hoje, a partir das 14h30, Neno e outros integrantes de movimentos LGBT da Baixada Fluminense irão se reunir com o delegado Giniton Lages, da Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), para pedir solução nos casos com suspeita de homofobia na região. A unidade especializada é a responsável pela investigação do caso de Rhodney.