Cartola do Fla diz que a Ferj é uma “ditadura” e propõe Liga com 20 clubes

Luz não poupa a Ferj: “A federação hoje administra através de modelo ditatorial. Não tem demonstração clara de como controla os recursos", Foto: Pedro Henrique Torre/ESPN Brasil

Luz não poupa a Ferj: “A federação hoje administra através de modelo ditatorial. Não tem demonstração clara de como controla os recursos”,
Foto: Pedro Henrique Torre/ESPN Brasil

A exemplo do Fluminense, o Flamengo também descartou abandonar o Campeonato Carioca e passar a disputar o Paulista a partir do ano que vem. O diretor executivo rubro-negro Fred Luz confirmou, ainda assim, que estuda uma possível saída através da Justiça e revelou a proposta para a criação de uma liga estadual formada pelos 20 clubes das primeira e segunda divisões do Estado.
No modelo do Fla, a federação carioca passaria a ser responsável pela terceira divisão local e demais categorias amadoras. Sobre mudança para São Paulo, o cartola foi enfático: “Não, não, isso está fora de cogitação. O Flamengo é um clube do Rio de Janeiro, se desenvolveu no Rio de Janeiro e irá ficar no Rio do Janeiro. O que desejamos é uma participar de uma solução para o futebol local”, afirmou Luz, durante evento na capital paulista, ontem.
Ele admite o cuidado para que o conflito não vá parar na Fifa. “Esse é um assunto de foco de estudos constantes, mas temos que buscar que o Flamengo não gere outro passivo para ele próprio. Existe o cuidado com a Fifa para que não cause dano na hora de defender nossos interesses. Diversas ações precisam ser feitas e não vamos parar esse processo”, prosseguiu o executivo, que conclamou a participação das equipes para que a iniciativa do time da Gávea possa progredir.
Rompido com o presidente da Ferj, Rubens Lopes, ele chamou a entidade de “ditatorial”, sugeriu existir o que nomeou de “caixa preta” interna e prática de “ações entre amigos”.
“Temos que rever todo processo de governança no Rio. A federação hoje administra através de modelo ditatorial. Não tem demonstração clara de como controla os recursos”, disse Fred Luiz.
“Ela conta, por exemplo, com R$ 26 milhões emprestados e perguntamos, até aqui sem resposta, a quais clubes, quando vence, o risco dessas operações, se beneficia alguns em detrimento dos outros e mais: o Flamengo quer saber para onde vai a sua polpuda reserva porque temos nesse momento é uma caixa preta e ação entre amigos, sem prestar conta a ninguém”, completou.
Reinaldo Carneiro Bastos, que assumiu o comando da federação paulista, disse que não passou de uma brincadeira entre os dirigentes a possibilidade da ida da dupla Fla-Flu para São Paulo. A mudança dependeria de aval da CBF, o que seria quase impossível, segundo Carneiro Bastos.

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