Saúde e Beleza – 01/07

Como se cuidar após festas juninas

Os meses de junho e julho são marcados pela boa gastronomia das festas típicas da época. Cuscuz, canjica, arroz doce, curau, vinho quente e quentão são alguns dos tradicionais quitutes que podem ser encontrados e é impossível não experimentar algum deles. Entretanto, é importante ficar atento à saúde do seu coração.
Para a Dra. Bianca Chimenti Naves, nutricionista sócia e proprietária da NutriOffice, isso não quer dizer que não se deve aproveitar esses momentos e desfrutar de alimentos tão típicos. “Vale pensarmos em evitar os excessos de modo que cada um aproveite cada momento, sem comprometer sua saúde”, completou.
Por isso, é importante prestar atenção na alimentação durante os dias festivos e curtir os arraiás sem surpresas. Confira 3 dicas que farão a diferença na sua festa junina. O seu coração agradece!

>>> Aproveite, mas sem exageros
Aproveitar é importante, mas lembre-se sempre que é necessário ter controle do quanto comer e beber e sempre procure equilibrar e variar o seu prato.

>>> Faça combinações
Equilibre seus pratos típicos com castanhas, nozes e creme vegetal, alimentos ricos em gorduras “boas” e que contribuem para o coração. Uma troca amiga da sua saúde é colocar creme vegetal sabor manteiga no seu milho verde, por exemplo. Aí não fica tão difícil resistir, não é?

>>> Esquente!
O que mais combina com esse frio do mês de junho é um bom vinho quente ou suco integral de uva. Eles são ótimos aliado para a saúde cardiovascular, pois contêm flavonoides, antioxidantes que combatem radicais livres e inibem a oxidação do LDL, conhecido como colesterol ‘ruim’. Mas, se escolher a versão alcóolica, beba com moderação! A recomendação da Sociedade Brasileira de Cardiologia é de no máximo uma taça (300ml) de vinho por dia.

 

Mais de 70% dos trabalhadores não se exercitam regularmente

A constatação é da Pesquisa Nacional de Saúde, parceria do Ministério da Saúde com IBGE, que também registrou que 15,2% fumam e 30% consomem álcool uma ou mais vezes por semana.
Somente um quarto da população brasileira que trabalha com carteira assinada pratica atividade física. A constatação é do recorte “Indicadores de Saúde e Mercado de Trabalho” da mais recente Pesquisa Nacional de Saúde (PNS 2013), divulgado nesta quinta-feira (30) pelo IBGE e Ministério da Saúde, parceiros no estudo. São 25,2% dos trabalhadores brasileiros – considerando somente o mercado formal -, a parcela que pratica o nível recomendado de exercícios físicos, que é de, pelo menos, 150 minutos semanais de intensidade leve ou moderada ou de, pelo menos, 75 minutos de atividade física de intensidade vigorosa. Isso significa que uma parcela majoritária – 74,8% -, não se exercita em ritmo satisfatório.
“A atividade física tem reflexos importantes para a saúde”, frisa a diretora do Departamento de Vigilância de Doenças e Agravos Não-Transmissíveis e Promoção da Saúde do Ministério da Saúde (CGDANT), Fátima Marinho. “Ela melhora a capacidade cardiovascular, reduz a pressão arterial e o diabetes. Temos sempre que lembrar que as doenças cardiovasculares são a primeira causa de mortalidade no Brasil, e uma das principais causas de internações hospitalares”, acrescentou.
Ainda no aspecto “estilo de vida”, a pesquisa constatou que 15,2% da população do mercado formal de trabalho fumam e 30% consomem bebida alcóolica uma ou mais vezes por semana – proporção de consumo de álcool maior que a média nacional se considerados todos os brasileiros com mais de 18 anos, que é de 24%, segundo a PNS. No quesito doenças crônicas, o estudo detectou que 6,2% dos trabalhadores com carteira assinada sofrem de depressão, enquanto entre os desempregados essa proporção é de 7,5%.

>>> Acidentes de trabalho
O recorte “Indicadores de Saúde e Mercado de Trabalho” da PNS 2013 também constatou que 3,4% dos empregados com carteira assinada no Brasil sofreram acidente de trabalho nos 12 meses anteriores à data da entrevista, sendo que a proporção é maior entre os homens (5,1%) que entre as mulheres (1,9%). Devido ao acidente, 32,9% dessas pessoas deixaram de realizar suas atividades habituais, e 12,4% ficaram com sequela ou incapacidade decorrente do acidente.

>>> Necessidades especiais
De acordo com o estudo, 7,2% da população brasileira com mais de 14 anos têm algum tipo de necessidade especial – intelectual, física, auditiva ou visual. No mercado de trabalho formal, 0,8% dos trabalhadores são pessoas com incapacidades físicas, 0,6% têm deficiências auditivas e 3,1%, visuais.

Plano de saúde
A PNS 2013 constatou que 28,9% da população com mais de 14 anos têm plano de Saúde; no mercado de trabalho formal, esta proporção é de 32,5%. Entre os titulares de planos de Saúde, 67,2% são empregados com carteira assinada – destes, 41,2% têm seus planos pagos por meio do trabalho atual ou anterior.

Doenças crônicas
O sedentarismo, ao lado da obesidade e da má alimentação, é fator de risco para o desenvolvimento de doenças crônicas. Um dos objetivos do Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT), lançado em 2011 pelo Ministério da Saúde, é deter o crescimento da proporção de adultos brasileiros com excesso de peso ou com obesidade: segundo a Pesquisa Nacional De Saúde de 2013, a prevalência de obesidade entre os homens é de 16,8% – chegando a 23% nos homens entre 55 e 64 anos -, e a de excesso de peso (sobrepeso e obesidade) é de 55,6%, chegando a 64,5% nos homens entre 55 e 64 anos.

Em março, o Ministério da Saúde criou a Linha de Cuidados da Atenção Básica para excesso de peso e outros fatores de risco associados ao sobrepeso e à obesidade até o atendimento em serviços especializados. A Atenção Básica proporciona diferentes tipos de tratamentos e acompanhamentos ao usuário, o que inclui também atendimento psicológico.
A pessoa com sobrepeso (IMC igual ou superior a 25) poderá ser encaminhada a um polo da Academia da Saúde para realização de atividades físicas e a um Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) para receber orientações para uma alimentação saudável e balanceada. Atualmente, 77% dos 2.040 NASFs contam com nutricionistas; 88,6% com psicólogos e 50,4% com professores de educação física. A evolução do tratamento deve ser acompanhada por uma das 39,2 mil Unidades Básicas de Saúde (UBS), presentes em todos os municípios brasileiros.

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