
Mais um pré-candidato a vereador é executado na Baixada Fluminense. Desta vez a vítima foi Sérgio da Conceição de Almeida, conhecido como ‘Berém do Pilar’, que pretendia concorrer em Duque de Caxias. Ele foi morto na porta de casa, em Duque de Caxias, na manhã do último sábado (2). Imagens de uma câmera de segurança mostram o momento em que o político entra no carro e é alvejado por dois bandidos armados que se aproximam num outro veículo. Berém é o nono político morto na Baixada Fluminense nos últimos oito meses.
O vídeio mostra quando o pré-candidato sai pela porta do carona e tenta escapar, mas acaba caindo. Mesmo caído, os atiradores, encapuzados e usando luvas brancas, continuam fazendo disparos contra o homem. Os criminosos utilizaram duas pistolas e um fuzil para atirar diversas vezes a queima-roupa. Em seguida, os tiros cessam e um dos homens saca outra arma da cintura e atira seis vezes na cabeça do político. O outro criminoso vai até o corpo e puxa do pescoço de Berém um objeto, parecido com um cordão. Poucos segundos depois do crime, uma mulher sai da casa e se desespera ao ver o homem caído.
A Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) está investigando mais este caso e apura se há o envolvimento de policiais na execução do pré-candidato a vereador de Duque de Caxias. Quem tiver informações sobre os criminosos pode entrar em contato com o Disque-Denúncia, por meio do telefone 2253-1177.
Políticos estão sendo ‘caçados’
Berém do Pilar é o nono pré-candidato a vereador morto na Baixada Fluminense desde novembro de 2015. No dia 13 daquele mês, o vereador Darlei Gonçalves Braga (PTB), de 57 anos, foi assassinado em Paracambi. Na madrugada do dia 15, o vereador de Seropédica Luciano Nascimento Batista (PT do B), mais conhecido como Luciano DJ, foi morto ao sair da casa de festa Espaço Fama, no K41, em Paracambi. Na ocasião, homens armados saíram de dois veículos e atiraram no carro do parlamentar. Ele não resistiu aos ferimentos e morreu na hora.
Um mês depois da execução do DJ, no dia 16 de dezembro, o ex-vereador de São João de Meriti Nelson Gomes de Souza, o Nelson Lilinho, foi morto com dois tiros na nuca perto de sua casa, no bairro Éden, em São João de Meriti. Na época, Nelson Lilinho era o primeiro suplente. No dia seguinte, o outro vereador de Paracambi, Marco Aurélio Lopes, de 44 anos, foi morto a tiros dentro da própria casa, no bairro Sabugo.
Na noite do dia 13 de janeiro, o vereador de Magé, Geraldo Cardoso Gerpe (PSB), de 42, foi morto a tiros quando saia da Câmara dos Vereadores. Geraldão, como era conhecido na cidade, presidia Comissão Especial de Inquérito (CPI) que investigava irregularidades na folha de pagamento da Prefeitura de Magé, o que colocava na berlinda o cargo do prefeito da cidade, Nestor Vidal (PMDB).
O mês de junho de 2016 também ficou manchado com sangue político. No dia 1º o pré-candidato a vereador Anderson Vieira Gomes (PRB), o Anderson Soró, de 38, foi executado ao sair de casa, em Corumbá, Nova Iguaçu. O político e um amigo entravam no carro quando foram surpreendidos pelos criminosos.
Menos de uma semana depois, na noite do dia 8, o pré-candidato a vereador de Duque de Caxias, Leandro da Silva Lopes, de 38 anos, foi morto em Xerém. O político estava em um bar na Praça da Pedreira, quando foi atingido por tiros. Poucos dias depois, o PM e pré-candidato Manoel Lisboa Primo foi morto a tiros em Nova Iguaçu. Ele estava com uma mulher em seu carro, em Cabuçu, quando foi surpreendido pelos criminosos que efetuaram os disparos.