Marcelinho das Crianças levou cartaz para a votação que confirmou a redução de cadeiras no Legislativo

Sob aplausos e vaias de eleitores e pré-candidatos presentes nas galerias da Câmara de Nova Iguaçu, ontem, em sessão marcante na história política da Cidade, os atuais 29 vereadores entraram no plenário para definir o número de cadeiras na Legislatura 2017-2020.
Após idas e vindas desde 30 de março, quando a proposta do vereador Marcelinho das Crianças (PTN), que reduz de 29 para 17, o total de parlamentares na Casa do Povo, foi aprovada em primeira discussão, ontem o bis aconteceu e o número cabalístico vai imperar a partir da posse em janeiro.
Por 22 votos a favor, cinco contra (Carlinhos Presidente, Doutor Cacau, Ferreirinha, Gilson Cunha e Henrique Neves) e uma abstenção (Marotte Já É), o que Marcelinho e a bancada do Governo, capitaneada por Carlão Chambarelli queriam, conseguiram. O presidente Maurício Morais não votou.
Mais de trezentos pré-candidatos a vereador assistiram a votação nominal e saíram da Câmara com ar desanimador, em sua maioria. Com 17 cadeiras definidas para a eleição deste ano, dezenas deles serão cortados das nominatas de seus partidos ou coligações. Cientistas políticos da cidade estimam que serão necessários cerca de 24 mil votos nominais e de legenda para se eleger um vereador.
Os vereadores favoráveis ao projeto alegaram que a redução do número de cadeiras possibilitará à Câmara colaborar com recursos para obras nos setores de saúde, educação e infraestrutura.
Na pré-hora da votação, Marcelinho das Crianças, exibia cartaz explicando o porque de sua proposta e de sua luta para aprovar a redução: “Serão menos 12 salários de vereadores e menos 48 assessores recebendo dos cofres públicos. Essa economia representa melhorias, por baixo, em 20 creches municipais”, disse ele na tribuna e aos jornalistas presentes.
No momento tenso, Carlinhos Presidente, na tribuna, chamou Marcelinho das Crianças de traidor, pelo mesmo ter prometido votar com os contrários e ter roído a corda na reta final.