Eleição do presidente da Câmara será nesta quarta-feira à tarde

Segundo o primeiro secretário da Casa, Beto Mansur (PRB-SP), a eleição será às 16 horas  Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil

Segundo o primeiro secretário da Casa, Beto Mansur (PRB-SP), a eleição será às 16 horas
Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil

Após inúmeras reviravoltas, os deputados chegaram a um entendimento em torno da data definitiva para eleição do sucessor de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na presidência da Câmara. Segundo o 1º secretário da Casa, Beto Mansur (PRB-SP), após muita conversa e negociações por telefone, o presidente interino da Casa, Waldir Maranhão (PP-MA), marcou a votação para esta quarta-feira (13), a partir das quatro da tarde.
“Marcamos para a quarta, para dar a quem quer ser candidato a possibilidade de se inscrever. E os 512 deputados têm toda a condição de ser”, disse Mansur.
>> Regras – A Câmara usará urna eletrônica na eleição de seu novo presidente. Pelas regras propostas, os deputados terão até as 12h de quarta para registrar as candidaturas. Um sorteio definirá, em seguida, a ordem dos deputados na votação, e essa sequência também valerá para a ordem dos discursos no plenário. “Quem for chamado para discursar e não estiver presente, não poderá ser chamado novamente”.
Para ser eleito, o deputado precisará da maioria absoluta: 257 votos. Caso ninguém consiga atingir esse número, haverá segundo turno. Em caso de empate, tanto no primeiro quanto em um eventual segundo turno, a disputa será desempatada obedecendo respectivamente aos seguintes critérios: maior número de mandatos e parlamentar mais idoso.
>> Candidaturas – Ontem, mais dois deputados formalizaram candidatura: Giacobo (PR-PR), 2º vice-presidente da Câmara, e Cristiane Brasil (PTB-RJ), filha do delator do mensalão, o ex-deputado federal Roberto Jefferson.
Mansur também já anunciou que será candidato, mas ainda não havia oficializado a candidatura até o início da noite de ontem. “Vou registrar até quarta-feira”, disse ele.
O PMDB, com 66 deputados, tem dois nomes até o momento disputando o cargo oficialmente: Marcelo Castro (PI) e Fábio Ramalho (MG). Além destes, há a expectativa do registro de candidatura de mais alguns correligionários do presidente interino Michel Temer. Nos bastidores, circulam os nomes dos deputados Baleia Rossi (SP), Osmar Serraglio (PR), Carlos Marun (MS) e Sérgio Souza (PR) como possíveis candidatos do partido.
Ao lado de Castro e Ramalho, oficialmente já registraram candidaturas os deputados Fausto Pinato (PP-SP), Carlos Gaguim (PTN-TO), Carlos Manato (SD-ES) e Heráclito Fortes (PSB-PI). Também são aguardadas as candidaturas de Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Rogério Rosso (PSD-DF).
Maia tenta costurar o apoio a sua candidatura fora do chamado centrão, tentando aglutinar o PSDB, o PPS e o PSB. Maia tenta ainda o apoio de partidos da oposição, como o PT e o PCdoB. Já Rosso, apesar de negar que esteja na disputa, busca se viabilizar como o candidato de consenso do Planalto. (Com Agência Brasil).
PSOL lança Luiza Erundina à presidência da Câmara

Ontem, a bancada do PSOL lançou a candidatura da deputada Luiza Erundina (SP) para concorrer à presidência da Câmara. Com um discurso crítico à aproximação do PT e do DEM, a bancada decidiu colocar a deputada na disputa para marcar posição e tentar atrair o voto de parlamentares de esquerda. “Será uma candidatura que não terá compromisso com o presidente interino Waldir Maranhão nem com o presidente que está para ser cassado (Eduardo Cunha)”, disse Erundina.
A bancada tem apenas seis parlamentares e embora tenha procurado petistas para pedir apoio, a expectativa é que não atraia nenhuma sigla. Durante a apresentação de Erundina como candidata, o deputado Glauber Braga (PSOL-RJ), criticou o flerte do DEM com o PT. “Isso seria completamente inconcebível”, atacou.
Erundina deixou o PSB em março e, enquanto prepara a criação de um novo partido, filiou-se ao PSOL. Em um episódio, durante a crise envolvendo o afastamento do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e a ascensão de Waldir Maranhão (PP-MA) ao comando da casa, Erundina participou de uma ‘rebelião’ em plenário e simbolicamente continuou presidindo a sessão mesmo com o trabalhos encerrados. A deputada também é pré-candidata à Prefeitura de São Paulo e diz que não pretende desistir da campanha na capital paulista.
Cristiane Brasil diz ter mais de 40 votos a seu favor

Oitava parlamentar a se inscrever na disputa, Cristiane Brasil (PTB-RJ), filha do ex-deputado Roberto Jefferson, também oficializou candidatura ontem. Ao longo da tarde, Cristiane circulou pelos corredores da Casa com uma claque, distribuindo santinhos com os dizeres “Avante Brasil: com trabalho faremos o País voltar a crescer”. Apesar de ser considerada uma candidata pouco competitiva, ela afirmou que já contabiliza mais de 40 votos a seu favor.
“Minha ideia é ganhar a eleição (…) Até a votação vamos lutar voto a voto para que eu tenha pelo menos cem votos nesse primeiro turno”, declarou. Cristiane apresentou cinco propostas, caso seja eleita: aumentar a participação popular no Legislativo; respeitar os partidos de oposição e a participação de minorias; prioridade nas pautas de Estado, para retomar a economia e o emprego; defender a agenda própria do Legislativo; e a independência com responsabilidade.
Mais cedo, os deputados Fernando Giacobo (PR-PR) e Heráclito Fortes (PSB-PI) também formalizaram as suas candidaturas na Secretaria. Com eles e Cristiane, a lista oficial possui oito candidatos. A expectativa é de que o número chegue a cerca de 15 nomes até o dia da votação. Apesar de ainda não terem formalizado, Rogério Rosso (PSD-DF), Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Beto Mansur (PRB-SP), já anunciaram as suas candidaturas.

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