CCJ: adiada para esta quinta votação do parecer sobre recurso de Eduardo Cunha

Sessão foi marcada por tumulto e protestos contra manobras de aliados do deputado afastado Foto: Agência Câmara

Sessão foi marcada por tumulto e protestos contra manobras de aliados do deputado afastado
Foto: Agência Câmara

Após mais de seis horas de debates, manobras e muito tumulto, o presidente da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ), deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), adiou para esta quinta-feira (14) a votação do parecer sobre o recurso do deputado afastado Eduardo Cunha contra a decisão do Conselho de Ética, que pede sua cassação. A sessão, que foi encerrada sob protestos de opositores de Cunha, será iniciada às 9 horas com as considerações finais da defesa, ocorrendo a votação em seguida.
As discussões haviam sido encerradas, com a aprovação de um requerimento, por 37 votos a 17. Contudo, como o presidente em exercício da Câmara Waldir Maranhão remarcou a sessão no plenário para votação do presidente da Casa para as 17h30, a sessão na CCJ teve de ser encerrada sem uma definição.
Se for aprovado o parecer do relator, deputado Ronaldo Fonseca (Pros-DF), que recomenda a anulação da votação final do Conselho de Ética, o processo deve retornar ao colegiado para que seja refeita a última votação. Caso o parecer seja rejeitado, o processo que pede a cassação de Eduardo Cunha segue para o Plenário.
Durante toda a sessão da CCJ, aliados de Eduardo Cunha manobravam para estender os debates e, com isso, fazer com que a sessão tivesse de ser interrompida. Ao mesmo tempo, parlamentares monitoravam o início da sessão do plenário da Câmara de Deputados para a votação do presidente da Casa. Pelo regimento, as sessões das comissões devem ser suspensas quando tem início a sessão no plenário da Câmara.
Apenas duas horas e meia após o início da sessão o presidente da comissão, Osmar Serraglio (PMDB-PR), começou a chamar os oradores inscritos para debate do relatório. Durante todo o tempo, aliados de Cunha manobravam para retardar o trabalho da comissão.
O deputado Hugo Motta (PMDB-PB) chegou a pedir a leitura da ata da reunião anterior, de terça-feira (13). Motta também apresentou dois requerimentos – um para retirar de pauta o parecer de Fonseca e outro para fazer votação nominal desse pedido. Os dois foram rejeitados pela comissão.
Outros aliados de Cunha tentaram atrasar o trabalho da comissão. O deputado Carlos Marun (PMDB-MS) chegou a pedir ao presidente do colegiado a suspensão da reunião, sob o argumento de que os parlamentares precisavam almoçar.

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