Menos uma pré-candidata em Magé

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Aga Lopes é a 11ª vítima envolvida com política a ser executada desde novembro de 2015
Aga Lopes é a 11ª vítima envolvida com política a ser executada desde novembro de 2015

Mais uma pré-candidata a vereadora da Baixada Fluminense é assassinada antes mesmo de confirmar que irá disputar a eleição de outubro. Desta vez a vítima foi Aga Lopes Pinheiro, de 49 anos, executada a tiros na Rua Inhainha Ferraz, no bairro Barbuda, em Magé. O crime aconteceu por volta das 22h30 da última terça-feira (12). Aga era presidente da Associação de Moradores do bairro Barbuda e pré-candidata a vereadora pelo Democratas (DEM).
Testemunhas afirmaram que quatro homens desceram de um carro e fizeram vários disparos contra a vítima, que estava num bar na rua em que morava. O marido de Aga e outra pessoa, que estavam com ela, não ficaram feridos. Esta foi a 11ª morte de pessoas ligadas à política na Baixada Fluminense desde novembro de 2015.
Segundo informações do delegado adjunto da Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), Evaristo Pontes, ainda é prematuro dizer se o motivo do crime é político. “Foram ouvidas testemunhas, mas não dá para afirmar ainda qual é a motivação. São várias linhas de investigação. Um fato que a gente pode até colocar como principal linha de investigação que houve uma execução. Agora, qual é a motivação a gente não tem como afirmar neste momento. Foram recolhidos sete estojos de munições de três armas diferentes. 380, 40 e 9mm”, disse.
O delegado afirma que há semelhanças entre os casos, mas que ainda não é possível afirmar que os autores são os mesmos. “É um dado que chama atenção sim, mas tem muitos casos de homicídio na Baixada Fluminense. Não dá para dizer que todos estes crimes tem motivação política”, disse Pontes.

Ela foi morta com tiros na cabeça próximo de casa em um bairro humilde onde morava Foto: Ivan Teixeira/Jornal de Hoje
Ela foi morta com tiros na cabeça próximo de casa em um bairro humilde onde morava
Foto: Ivan Teixeira/Jornal de Hoje

Agentes da DHBF estiveram no local do crime, começaram a colher imagens de câmeras de segurança que possam ajudar a desvendar este caso e afirmam que Aga estaria com muitas dívidas na região. A suspeita de crime político levou a Procuradoria Regional Eleitoral a pedir que um inquérito seja aberto na Delegacia de Polícia Federal de Nova Iguaçu para também investigar este caso.
Em nota, o DEM lamentou a morte de Aga. “O Partido Democratas, estarrecido com tanta violência no Estado do Rio, lamenta a morte da pré-candidata Aga Lopes e confia nas investigações para esclarecer esse crime bárbaro!”
A presidente da Associação de Moradores da Barbuda já teve seu primeiro companheiro assassinado há dois anos. Segundo informações de populares, era uma figura querida e admirada naquela localidade.

Vereadores e aspirantes em ‘extinção’

Aga Lopes Pinheiro é a 11ª pessoa morta envolvida no meio político da Baixada Fluminense, desde novembro de 2015. Antes dela, vereadores e pré-candidatos também foram executados e tais casos ainda seguem sob investigação na DHBF. Até então o caso mais recente era o do pré-candidato a vereador de Duque de Caxias, Denivaldo Meireles da Silva, 41 anos. Ele foi assassinado com mais de 10 tiros quando saía do estacionamento do Caxias Shopping, na noite do dia 5 de julho.
A recente onda de assassinatos começou no dia 13 de novembro do ano passado, com a morte do vereador de Paracambi, Darlei Gonçalves Braga, de 57 anos. Dois dias depois foi a vez do vereador de Seropédica, Luciano Nascimento Batista, mais conhecido como Luciano DJ, ser morto ao sair da casa de festa Espaço Fama, no K41, em Paracambi. Na ocasião, homens armados saíram de dois veículos e atiraram contra o carro do parlamentar, que morreu na hora.
Um mês depois da execução do DJ, no dia 16 de dezembro, o ex-vereador de São João de Meriti Nelson Gomes de Souza, o Nelson Lilinho, foi assassinado com dois tiros na nuca, no bairro Éden, em São João de Meriti. Na época, Nelson Lilinho era o primeiro suplente. No dia seguinte, o outro vereador de Paracambi, Marco Aurélio Lopes, de 44 anos, foi executado dentro da própria casa, no bairro Sabugo.
Na noite do dia 13 de janeiro, o vereador de Magé, Geraldo Cardoso Gerpe, de 42 anos, foi morto quando saía da Câmara dos Vereadores. Geraldão, como era conhecido na cidade, presidia Comissão Especial de Inquérito (CPI) que investigava irregularidades na folha de pagamento da Prefeitura de Magé, o que colocava na berlinda o cargo do prefeito da cidade, Nestor Vidal.
O mês de junho de 2016 também ficou manchado com sangue político. No dia 1º, o pré-candidato a vereador Anderson Vieira Gomes, o Anderson Soró, de 38 anos, foi executado ao sair de casa, em Corumbá, Nova Iguaçu. O político e um amigo entravam no carro quando foram surpreendidos pelos criminosos.
Uma semana depois, na noite do dia 8 de junho, o pré-candidato a vereador de Duque de Caxias, Leandro da Silva Lopes, de 38, foi executado em Xerém. O político estava em um bar na Praça da Pedreira, quando foi atingido por tiros. Poucos dias depois, o PM e pré-candidato Manoel Lisboa Primo também perdeu a vida após ser baleado em Nova Iguaçu. Ele estava com uma mulher em seu carro, no bairro Cabuçu, quando foi surpreendido pelos criminosos que efetuaram os disparos.
No dia 4 de julho Duque de Caxias perdeu mais um pré-candidato a vereador. Desta vez a vítima foi Sérgio da Conceição de Almeida, o Berém do Pilar, executado com dezenas de tiros de fuzil e pistola na porta de casa, no bairro Pilar.

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