Cassação: após derrota na CCJ, Cunha diz que acionará o Supremo Tribunal Federal

Processo contra Eduardo segue ao plenário da Câmara, a quem caberá a palavra final  Foto: Antônio Cruz/ABr

Processo contra Eduardo segue ao plenário da Câmara, a quem caberá a palavra final
Foto: Antônio Cruz/ABr

O deputado federal afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) disse ontem que irá recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra o processo do Conselho de Ética que aprovou a sua cassação. O peemedebista teve seu recurso rejeitado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), também ontem, contra o julgamento no conselho. Agora, o processo segue para o plenário da Câmara, a quem caberá decidir sobre a perda do seu mandato parlamentar.
“Preferiram a solução que fosse mais rápida e não a correta. Evidentemente que vou arguir a nulidade disso no Supremo Tribunal Federal, evidentemente que estão me dando cada vez razões maiores para isso”, afirmou Cunha, ao dizer que as “ilegalidades são evidentes”.
Por conta do “recesso branco”, período de 18 a 31 de julho em que não haverá sessões destinadas a votações na Câmara, o caso dele só será votado em agosto. Para ser aprovada, serão necessários pelo menos 257 votos.
Para tentar barrar a votação no plenário, ele disse que entrará com um pedido de liminar no dia 1ª de agosto, quando o Judiciário, que está em recesso, retoma os trabalhos.
“As nulidades que não foram consideradas pela CCJ serão arguidas. Eu vou ao Supremo Tribunal Federal antes do plenário. Irei ao Supremo Tribunal Federal para tentar restabelecer a correção do processo”, acrescentou.
Cunha acusou mais uma vez a CCJ de fazer um julgamento político em vez de jurídico. “Isso é um jogo político. […] Fizeram aqui um julgamento político daquilo que deveria ter sido jurídico. Infelizmente, não fizeram. São precedentes perigosos porque acabam norteando o andamento da Casa para todos os eventos posteriores”, argumentou.
O deputado afastado disse ainda ter esperança de reverter a sua situação no plenário e afirmou que fará a sua defesa pessoalmente. “Vamos tentar reverter no plenário”, disse.

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