A um triunfo da final, Flamengo recebe Limeira

Flamengo, do inspirado Laprovittola, quebrou o mando de quadra do Limeira e vai para a terceira partida em vantagem Foto: João Pires/LNB

Flamengo, do inspirado Laprovittola, quebrou o mando de quadra do Limeira e vai para a terceira partida em vantagem
Foto: João Pires/LNB

A semifinal do NBB 7 não poderia ter começado melhor para o Flamengo. Terceiro colocado na fase de classificação, o time rubro-negro quebrou o mando de quadra do vice-líder Winner/Limeira e venceu as duas primeiras partidas da série em pleno interior paulista. Agora com 2 a 0 de frente, os atuais bicampeões podem carimbar sua vaga na final já nesta quinta-feira (14), no Tijuca Tênis Clube, às 20h30.
O primeiro duelo entre as equipes foi parelho, mas os comandados de José Neto tiveram superioridade no último quarto e abriram a semi vencendo fora de casa, por 85 a 78. Mas se na partida de abertura o fator diferencial foi o período final, na segunda o que fez a diferença foi a primeira parcial, no qual os cariocas abriram 13 a 0, chegaram a ter 16 tentos de vantagem (27 a 11) e se consolidaram na ponta do placar durante todo o confronto, que terminou com placar de 92 a 73.
“Defendemos de uma maneira que fez com que eles errassem bastante, não foi demérito deles. Limeira foi um dos times mais regulares da fase de classificação, se não for o mais. Conseguimos marcar bem e abrir uma boa vantagem, mas quando eles colocaram alguns atletas do banco de reservas a diferença caiu para dois pontos. Por isso precisamos viver cada momento, não podemos ficar contentes com só um período, isso é perigoso. Agora temos que pensar na próxima partida porque ainda não ganhamos nada”, comentou o técnico do Flamengo, José Neto.
Se fecharem a série, os rubro-negros chegarão à quinta ginal de NBB em sete temporadas, a terceira de maneira consecutiva. O clube da Gávea foi às decisões das duas primeiras edições do campeonato, ambas contra o UniCEUB/BRB/Brasília (2008/2009 e 2009/2010), com direito a título da primeira delas. Depois de dois anos longe das disputas pelo troféu, o Flamengo voltou à finalíssima na temporada 2012/2013, no qual foi campeão em cima do Unitri/Magazine Luiza, feito este repetido no ano seguinte (2013/2014), contra o Paulistano/Unimed.

Retaguarda segura ajudou

Após duas vitórias, Marquinhos e Benite confiam em mais uma decisão Foto: João Pires/LNB

Após duas vitórias, Marquinhos e Benite confiam em mais uma decisão
Foto: João Pires/LNB

Na última partida da série, no ‘Vô Lucato’, os atuais bicampeões usaram de sua excelente defesa para forçar 14 erros da equipe limeirense, que, além disso, acertou somente cinco dos 18 tiros para 3 pontos que tentou (27,8% de aproveitamento). Por outro lado, o ataque rubro-negro também foi excelente. Com Marquinhos e Nico Laprovittola inspirados, o esquadrão da Gávea mostrou mão quente nos tiros longos e acertou 14 das 24 bolas de 3 pontos arremessadas (58,3% de aproveitamento).
“Arremessamos de maneira consciente, trabalhando bem a bola, e também a maneira com que Limeira defendeu, no risco, nos proporcionou isso. Jogamos com o time um pouco mais aberto e isso fez com que finalizássemos com arremessos longos. Temos jogadores com essa capacidade, como Marcelinho, Marquinhos, Nico, Olivinha, Herrmann, Gegê, que estão preparados para isso. Mas o foco agora está no próximo jogo. Construímos uma bela vantagem, mas ela ainda não nos colocou em lugar algum e é com esse pensamento que vamos para o próximo jogo”, completou José Neto.
“Temos que melhorar, pois somos uma equipe de muita qualidade e ainda temos muito a crescer. Fizemos vários bons jogos até agora, tivemos muitos bons momentos, mas tivemos um começo de jogo muito ruim na última partida e ficou muito difícil de correr atrás. O Flamengo tem muita qualidade e por isso precisamos nos concentrar mais para não errar tanto e deixar eles uma larga vantagem de novo”, comentou o ala/pivô Teichmann, do Limeira.

Vantagem e vaga quase certa

A expressiva vantagem na série deixou o Flamengo com uma mão na vaga na decisão do NBB 7. Nunca em toda a história das semifinais da competição um time sofreu uma virada depois de sair vencendo por 2 a 0. Aliás, em três das quatro vezes em que uma equipe abriu dois tentos de frente em uma semi, a série terminou em “varrida”, ou seja, vitória por 3 a 0. Apesar do cenário altamente favorável, o técnico rubro-negro prefere manter os pés no chão.
“Um relaxamento pode até ser normal nessa situação, mas se a gente quer alcançar uma coisa que não é normal, que é ser campeão, coisa que não é normal, pois não são todos que são campeões, precisamos sair do normal, pois quem faz somente o normal não chega longe. Tivemos uma experiência nas quartas de final contra São José, em que a gente relaxava quando vencia e tomava uma invertida no jogo seguinte. Sabemos que Limeira tem capacidade de ir para o Rio e vencer as duas, e sei que vão preparados par isso, mas vamos nos preparar para que isso não aconteça”, concluiu o técnico do Flamengo.

Por Jota Carvalho

error: Conteúdo protegido !!