Família de professora morta em Caxias protesta na DHBF

Dezenas de pessoas seguravam cartazes e falavam num carro de som para chamar atenção das autoridades Foto: Ivan Teixeira/Jornal de Hoje

Dezenas de pessoas seguravam cartazes e falavam num carro de som para chamar atenção das autoridades
Foto: Ivan Teixeira/Jornal de Hoje

Familiares e amigos da professora Marta Ribeiro dos Santos Alves da Silva, de 51 anos, morta a tiros na noite do dia 26 de abril, no bairro Parada Morabi, em Duque de Caxias, fizeram um protesto pacífico na manhã de ontem, em frente à Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense, em Belford Roxo. Eles exigem respostas sobre as investigações. Dezenas de pessoas estenderam faixas e cartazes e utilizaram um carro de som para chamar a atenção das autoridades policiais.
No momento do crime, a professora havia acabado de sair da Escola Municipal Fuzileiro Naval Eduardo Gomes de Oliveira e seguia para uma igreja Batista, em Imbariê, onde era membro. No momento do crime, Marta dirigia seu carro, um Chevrolet Ônix, e dava carona a um casal de professores, que não foram atingidos pelos disparos.
A diretora da unidade em que Martha trabalhava há pelo menos 29 anos afirma não ter ideia de quem possa ter cometido o crime. “Pense numa pessoa tranquila, é a Marta. Não brigava com ninguém, falava pouco. Sempre foi exemplar no trabalho. Não é a toa que estava lá na escola há 29 anos e já havia inclusive dado entrada no pedido de aposentadoria. Estamos chocados com a perda de uma pessoa tão querida”, disse a diretora Laurinalva Ferreira, de 51 anos.

Marta Ribeiro foi assassinada no dia 26 de abril quando saía da escola onde trabalhava

Marta Ribeiro foi assassinada no dia 26 de abril quando saía da escola onde trabalhava

O discurso do marido da professora não é diferente dos demais. Antônio Francisco Alves, 54 anos, que estava casado com Marta há pouco mais de um ano, lamentou mais uma vez a perda e fez elogios a esposa. “Ela era uma pessoa excepcional e tínhamos uma excelente relação. Não sei quem possa ter feito isso com ela, que sempre foi uma pessoa muito boa. Nós realizávamos um trabalho social numa igreja evangélica que fica na comunidade Vila Sapê, próximo a uma boca de fumo e nunca havíamos nos preocupado com segurança. Eu moro ali há 40 anos, conheço todo mundo e nunca tivemos problema com ninguém”, afirmou.

Investigações avançadas

A irmã da professora Marta, Márcia Ribeiro, 55 anos, disse que o protesto foi uma iniciativa da família e de amigos de trabalho. “Nós estamos aqui para fazer nosso papel de amigos que amavam uma pessoa que se foi injustamente. Não estamos questionando o trabalho dos policiais, mas precisamos mostrar nossa insatisfação com a perda da nossa irmã e amiga. Já se vão 90 dias e ainda não vimos os responsáveis presos. Acreditamos no trabalho da Polícia Civil e esperamos ver os responsáveis presos”, desabafou.
O delegado adjunto da DHBF, Brenno Carnevale, responsável por este caso, acompanhado do delegado titular, Giniton Lages, atendeu os familiares e disse que as investigações estão em estágio avançado. “Hoje já tenho a convicção de que foi uma execução. Este caso é bem complexo e por isso está sendo investigado com muita cautela. Posso garantir à família que estamos trabalhando para solucionar mais este caso. Mais de 25 pessoas já foram ouvidas e algumas delas mais de uma vez”, disse, ressaltando que não descarta a participação de pessoas próximas a vítima.

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