Terreno abandonado na Posse gera insegurança e transtornos

Fachada do terreno abandonado na Rua Gama, em Nova Iguaçu, mostra um prédio destruído que costuma ser invadido por usuários de drogas Foto: Foto: Ivan Teixeira/Jornal de Hoje

Fachada do terreno abandonado na Rua Gama, em Nova Iguaçu, mostra um prédio destruído que costuma ser invadido por usuários de drogas
Foto: Foto: Ivan Teixeira/Jornal de Hoje

Moradores de Jardim da Posse, em Nova Iguaçu, estão preocupados com a segurança nas ruas do bairro, principalmente com os constantes relatos de assaltos a pedestres. Para agravar ainda mais esta situação, um grande terreno abandonado na Rua Gama está deixando a população ainda mais insegura. Uma antiga construção abandonada no número 564, que tem um terreno vazio anexo, tem sido utilizada para descarte irregular de lixo, entulhos e possivelmente também para a venda e consumo de drogas.
A suspeita do ponto para o uso e comércio de produtos ilícitos se deve a movimentação de pessoas, principalmente jovens, no interior da construção abandonada. Além disso, há relatos que casais frequentam o local para praticar relações sexuais. Outra situação que bastante intriga é a utilização do terreno como atalho por também dar acesso à Rua Ferreira Pinto.

Mato, lixo e entulhos fazem parte do cenário que seria o de um prédio Foto: Foto: Ivan Teixeira/Jornal de Hoje

Mato, lixo e entulhos fazem parte do cenário que seria o de um prédio
Foto: Foto: Ivan Teixeira/Jornal de Hoje

O que talvez pareça um quebra galho para os mais apressadinhos, pode se tornar um risco muito grande, uma vez que o local escuro e desabitado pode servir de esconderijo de marginais. Uma moradora que prefere não se identificar desconfia que o local já tenha se tornado ponto de consumo de drogas. “Vejo gente estranha dentro da construção todas as noites. São pessoas desconhecidas da região, que parecem estar escondidas num entra e sai. Nós temos medo que realmente tenha virado um local de tráfico de drogas e ainda mais que coisa pior aconteça”, relatou.
O aposentado João Aguiar, de 67 anos, que mora próximo ao terreno há mais de 30 anos, teme pela segurança de seus familiares. “Já recomendei que nenhum parente passe por ali, pois pode ser perigoso. Antigamente o terreno era utilizado. A antiga construção já foi uma escola infantil há mais de 15 anos, mas eu não sei o porquê deixou de ser. Era até bom, pois movimentava a rua. Uns anos atrás a antiga construção começou a ser demolida, chegaram a anunciar as obras e a venda de apartamentos, mas parece que foi embargada pela Prefeitura. Pra mim, o ideal seria ocupá-lo antes que alguém invada e então estará criada a confusão”, disse.

Acidentes, alagamentos e risco de doenças

O aposentado João Aguiar e a analista de sistemas Raquel Thomé Foto: Ivan Teixeira/Jornal de Hoje

O aposentado João Aguiar e a analista de sistemas Raquel Thomé
Foto: Ivan Teixeira/Jornal de Hoje

A analista de sistemas Raquel Thomé, 32 anos, conta que apesar de o terreno ter alguns portões, eles foram arrombados e estão com o livre acesso a qualquer um que queira entrar. “Jogam lixo, entulhos e restos de móveis, dentro e fora do portão. Além disso, é possível ver restos de objetos que foram queimados no local, pegas de veículos, roupas, entre outras coisas descartadas”, relatou a moradora da região, que precisa dividir a rua com os carros. “Eu já ouvi falar de atropelamentos em frente ao terreno, pois os pedestres precisam andar pela rua, por conta das calçadas ocupadas por entulhos. Eu mesmo passo de bicicleta pelo meio da rua, porque pela calçada é impossível”, arrematou.
Ainda mais detalhista sobre o assunto, o advogado Bruno da costa Ramos, 27 anos, foi a fundo, e além das denúncias já citadas, comentou do risco que o terreno representa em época de chuva. “A gente se sente abandonado aqui no bairro. Sempre que chove a Rua Gama alaga e todos sabem disso. Imagine como esse grande terreno fica em dias de chuva. Enche tudo e vira um grande piscinão no meio do mato. Então os lixos viram foco de mosquitos da dengue e de outras doenças. Esperamos que com essa reportagem o poder público nos dê atenção e resolva o problema”, finalizou.
A Prefeitura de Nova Iguaçu foi procurada por nossa equipe de reportagem para prestar esclarecimento sobre a situação e informou que a Secretaria de Defesa Civil irá enviar agentes no local para verificar as denúncias e tomar as providências necessárias.

 

Por Erick Bello

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