Alerj denuncia aumento da violência contra GLBT

Uma audiência pública será realizada hoje, às 13h, no Auditório do Prédio Anexo da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) para denunciar a Situação da Violência Homofóbica, Transfóbica e Lesbofóbica no Estado do Rio de Janeiro. Serão apresentados números e casos de violência em todo o estado, e em especial na Baixada Fluminense.
O aumento da violência na Baixada Fluminense contra travestis e transexuais motivou o encontro. A audiência é promovida pelos presidentes das comissões pelo Cumprimento das Leis da Alerj, deputado Carlos Minc, de Direitos Humanos, deputado Marcelo Freixo, e de Segurança Pública, deputada Martha Rocha. Serão apresentados vítimas e dados sobre recrudescimento das agressões em todo o Rio de Janeiro. São aguardadas as presenças de ativistas do Movimento LGBT.
Também estarão presentes, entre outros, o deputado federal Jean Wyllys, a secretária estadual de Assistência Social e Direitos Humanos, Teresa Cosentino, o superintendente de Direitos Individuais, Coletivos e Difusos da SEASDH, Cláudio Nascimento, o delegado-titular da Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense, Fábio Cardoso, e a defensora pública do Núcleo de Defesa dos Direitos Homoafetivos e Diversidade Sexual, Lívia Casseres.
Portaria interministerial de enfrentamento à violência contra LGBT
Para ampliar os direitos e instrumentalizar políticas públicas do governo federal voltados à população LGBT, foi criado em janeiro deste ano uma portaria interministerial de enfrentamento à violência contra Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (CIEV-LGBT).
A portaria institui uma comissão com a finalidade de prevenir, enfrentar e reduzir as diversas formas de violência praticadas contra a população LGBT, além de permitir o conhecimento de dados sobre a violência, suas características, estatísticas e o perfil dos crimes, contribuindo para a construção de medidas que visem à orientação, adoção de providências e criação de políticas públicas.
“Essa portaria é a concretização de um compromisso, inclusive, da presidenta Dilma, que após receber representantes do movimento LGBT com suas demandas, reafirmou o combate à violência e a criminalização da homofobia. A comissão interministerial é um avanço nos direitos humanos da população LGBT”, enfatiza a ministra Ideli Salvatti.
Números – Conforme as denúncias de violação contra a população LGBT da Ouvidoria Nacional e do Disque Diretos Humanos (Disque 100), de 2011 a 2014, foram registradas 7.649 denúncias, sendo aproximadamente 16% contra travestis e transexuais. Em 2014, essa porcentagem subiu para 20% com o registro de 232 denúncias. Lideram os estados de São Paulo (53 registros), Minas Gerais (26) e Piauí, com 20. Entre os tipos de violações, a discriminação e a violência psicológica estão entre as mais recorrentes em 2014, com 85% e 77%, respectivamente, dos casos denunciados contra a população LGBT.

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