Câmera registra assassinato de policial em Belford Roxo

Cerca de 150 pessoas compareceram ao sepultamento de Eduardo Justo, no Jardim da Saudade Foto: Ivan Teixeira/Jornal de Hoje

Cerca de 150 pessoas compareceram ao sepultamento de Eduardo Justo, no Jardim da Saudade
Foto: Ivan Teixeira/Jornal de Hoje

Parentes e amigos do policial civil Eduardo Justo Sebastião, assassinato na tarde de terça-feira (9), prestaram as últimas homenagens ao agente. Ele foi enterrado ontem, no Cemitério Jardim da Saudade, em Mesquita. Eduardo, que era lotado na 58ª DP (Posse), foi morto na porta de casa, na Rua Helvetia, no bairro Piam, em Belford Roxo, próximo ao Hospital Municipal Jorge Julio Costa dos Santos, o Hospital do Joca, para onde chegou a ser levado, mas morreu logo após dar entrada na unidade.
O caso está sendo investigado pela Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF). Imagens da câmera de segurança de uma residência na rua onde Eduardo foi morto registraram o crime. O policial estava sentado em frente ao portão de casa e aguardava uma de suas filhas para irem a uma locadora de vídeos. Um homem caminha pela rua e de repente saca uma arma e atira na direção de Eduardo, que tenta escapar e se esconder atrás de um carro, mas é perseguido e baleado.

O policial civil foi executado na tarde de terça-feira

O policial civil foi executado na tarde de terça-feira

Logo após cometer o crime, o assassino recolhe pertences da vítima, que ficaram caídos no chão, inclusive seu celular. Em seguida, ele foge com a moto do policial civil, uma Honda CG 150 vermelha, que estava estacionada em frente ao local do crime. O sinal do GPS do celular de Eduardo aponta que o aparelho está na Pavuna, no subúrbio do Rio de Janeiro, nas proximidades do Complexo do Chapadão.
Os agentes da DHBF, juntamente com policiais da 58ª DP e a 54ª DP (Belford Roxo)- de onde Eduardo havia saído minutos antes de ser morto-, fizeram uma operação na Pavuna, mas não encontraram a moto roubada. Até o momento, nenhum suspeito de cometer o crime foi capturado.
De acordo com o delegado responsável pelo caso, Giniton Lages, titular da DHBF, nenhuma hipótese será descartada na investigação. “Não podemos rejeitar a possibilidade de uma execução, já que ele foi morto na porta de casa enquanto aguardava a chegada da filha. Mas também estamos trabalhando com a hipótese de latrocínio, o roubo seguido da morte da vítima”, afirmou Lages.
Eduardo Justo Sebastião era casado, deixa a esposa grávida e duas filhas.

Clima de comoção no sepultamento

Sentada, a filha de 11 anos de Eduardo é consolada por parentes Foto: Ivan Teixeira/Jornal de Hoje

Sentada, a filha de 11 anos de Eduardo é consolada por parentes
Foto: Ivan Teixeira/Jornal de Hoje

Cerca de 150 pessoas, entre amigos, parentes e colegas de trabalho, compareceram na tarde de ontem ao sepultamento do policial Eduardo Justo Sebastião, no Cemitério Jardim da Saudade, em Mesquita. Muito abalada, a esposa, que está grávida de sete meses, não quis conversar com a imprensa.
Um policial que trabalhou com Eduardo, que não quis ser identificado, se mostrou muito revoltado e revelou que Justo, como era chamado pelos colegas de trabalho, estava há mais de 13 anos na polícia. Segundo ele, o agente nunca havia se envolvido em confusão ou respondido a qualquer inquérito.
Eduardo também trabalhou na 64ª DP (São João de Meriti) e na Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF). Amigos de várias delegacias prestaram homenagem ao policial.

 

por Raphael Bittencourt – raphael.bittencourt@jornalhoje.inf.br
Colaboração: Ivan Teixeira (ivan.teixeira@jornalhoje.inf.br)

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