Diversão e Lazer – 24/08

Reisado de Santo Expedito resgata tradição cearense

Evento integra o Festival Nacional de Cultura Popular e leva tradição do Cariri à Praça do Pacificador

Evento integra o Festival Nacional de Cultura Popular e leva tradição do Cariri à Praça do Pacificador

A penúltima atração desta semana do “Festival Nacional de Cultura Popular – Interculturalidades 2016” trouxe nesta terça-feira (23/08), para a Praça do Pacificador todo o simbolismo e a cultura folclórica do Ceará, com o “Reisado de Santo Expedito”, da cidade de Cariri. O evento é organizado pelo Centro de Artes da Universidade Federal Fluminense (UFF), com o apoio do Ministério da Cultura e em parceria com a Secretaria de Cultura e Turismo de Caxias. As apresentações integram a Maratona Cultura da UFF que acontece de 12 de agosto até 18 de setembro nas cidades do Rio de Janeiro, Duque de Caxias e Niterói, trazendo como ideal a junção das várias culturas brasileiras.
“O festival fortalece a cultura do folclore em Caxias. Toda esta tradição, principalmente do Nordeste, fortalece a cultura popular tão marcante em nosso município, que já conta com uma participação marcante dos nordestinos em várias manifestações”, afirmou o secretário de Cultura e Turismo, André Oliveira.
O Reisado de Santo Expedito é formado por um grupo predominantemente feminino, comandado pelo mestre Flatenara, de apenas 20 anos. Filha do mestre Cicinho, ela é herdeira de uma longa tradição na região do Cariri. A vestimenta do Reisado é inspirada na figura de Santo Expedito. A ideia do grupo é perpetuar através dos resistentes cortejos de reis, rainhas, princesas, embaixadores, contra-guias, bandeirinhas, tocadores, mateus e catirinas – uma gente colorida que derrama rimas e faz tinir a espada em troca de quase nada.
“É importante este apoio da UFF a cultura de Cariri que fortalece ainda mais nossa tradição. É um incentivo para as crianças virem para o reisado. Traz uma aura de história que se diferencia das festas normais que estamos acostumados a ir”, destacou a mestre Flatenara.
O Festival Nacional de Cultura Popular – Interculturalidades 2016 prossegue na sexta-feira (26), às 19h30, no Teatro Raul Cortez com a Velha Guarda do Funk, liderado pela dupla Cidinho & Doca que brilhou nos anos 90 com o rap “Eu Só Quero É Ser Feliz”, além de outros artistas, como, Galo da Rocinha, Markão VK e Gil do Amaral. Confira a programação completa da Maratona Cultura da UFF no site: www.maratonaculturaluff2016.com.br.

 

Trupe de circo-teatro faz espetáculo gratuito na Baixada

Apresentação é inspirada em música de João Bosco e história de Peter Pan

Apresentação é inspirada em música de João Bosco e história de Peter Pan

A trupe Malungos de Circo-Teatro, formada por educandos do Circo-Escola Benjamim de Oliveira, está preparando a remontagem de seu espetáculo Pan O Circo da Terra do Nunca e os Malabaristas do Sinal Vermelho. A contação de história em circo-teatro passeia por diversas técnicas circenses como acrobacias, equilibrismo, trampolins acrobáticos, danças aéreas, maculêlê e muito mais. As apresentações começarão em 2 de setembro. As sextas os espetáculos serão exclusivos para projeto escola, e aos sábados e domingos para os diversos públicos, às 18h. O circo fica na Rua João de Deus Menezes, s/nº, Venda Velha, São João de Meriti. A entrada é gratuita.
O espetáculo é inspirado na música Malabaristas do Sinal Vermelho, de João Bosco, e faz trilhas pelo clássico Peter Pan para desenhar a trajetória realista, mágica e às vezes trágica destes meninos e meninas que jogam a vida nas ruas. O Circo-teatro mostra a trajetória de um grupo de meninos e meninas de rua que atravessaram os sinais vermelhos para chegar a uma terra encantada, onde descobrem que são mais do que pensam, e que podem mais do que imaginam. Tudo com muitas luzes, cores, dança, teatro e diversas técnicas circenses.
O Circo-Escola Benjamin de Oliveira faz parte do projeto Território de Educação para Promoção das Relações Etnico-Raciais (Tepir), da Ong Se Essa Rua Fosse Minha (SER), com patrocínio da Petrobrás, apoio da Unicef e de uma organização de cooperação internacional de Viena, na Áustria. Instalado desde 30 de abril de 2014 em uma lona com capacidade para 300 pessoas no bairro Venda Velha, o circo-escola oferece aulas gratuitas para crianças e jovens da Baixada Fluminense. O projeto tem como base o circo-teatro idealizado e criado por Benjamin de Oliveira, trapezista, acrobata, compositor, cantor, ator, diretor, dramaturgo e primeiro palhaço negro do Brasil.
As atividades do circo-escola já renderam bons frutos. Em junho de 2015 o projeto foi um dos seis circos sociais selecionados para se apresentarem na segunda edição do Circomondo, festival internacional de circo social. Dois jovens do Circo-Escola Benjamim de Oliveira foram os únicos representantes da América Latina durante o festival, que aconteceu em San Gimignano, na Itália, reunindo representantes de circos sociais do Afeganistão, Quênia, Líbano, Espanha, Itália e Brasil em apresentações circenses, além de palestras, oficinas, workshop, exibição de filmes e desfile pelas ruas de San Gimignano.

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